segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2013 para história do esporte

Nunca se falou tanto do ano seguinte quanto nesse ano. Seja pelo início da venda de ingressos, pelo sorteio, pelos acidentes nas obras, pelas últimas equipes classificadas nas eliminatórias... 2014 já está na boca do povo. E não só no Brasil. O mundo já começa a respirar o clima de Copa.


Mas só nós já tivemos esse gostinho em pleno 2013. Como dizia a chamada de uma certa emissora de TV (citamos se pagarem #ad, pessoal), nada melhor do que uma Copa para se preparar para outra. Foi assim que encaramos a Copa das Confederações. A competição até que demorou a "pegar". Na abertura, as vaias contra a presidente Dilma foram o principal assunto. Nos outros jogos das fases de grupos, os protestos roubaram completamente a cena. Mas havendo revelação ou não, conforme o Brasil avançava, a fúria das ruas não era mais a mesma. O coro que pedia melhorias nos serviços públicos se transformava naquele que cantava o Hino Nacional junto nos estádios. Foi assim também no Maracanã, que recebeu sua primeira grande final após ser inaugurado. Deu certo. 3 a 0 sobre a Espanha. Olé! De quebra, ainda vingamos os pobres taitianos, derrotados por 10 a 0 pelos espanhóis, mas que conquistaram toda a torcida. Em 2014, os atuais campeões já podem ser enfrentados nas oitavas de final. Mas alguém aí ainda os teme?


O Maracanã foi também palco da final da Copa do Brasil. E a emoção rubro-negra foi tão forte quando a verde e amarela. O Flamengo de Jayme de Almeida foi tricampeão diante de cerca de 70 mil torcedores que vibraram com o 2x0 sobre o Atlético-PR. Foi a consagração de uma arrancada iniciada após a eliminação do Cruzeiro, então líder e que depois se sagraria campeão do Brasileirão com a segunda melhor campanha da história dos pontos corridos. Na rodada final, os campeões nacionais do ano se encontraram. Deu empate. 1 a 1.


Se o Cruzeiro conquistou o Brasil, a América foi do Galo. Diante do Olímpia, o time de Cuca conseguiu a vitória na grande final da Libertadores. Mais uma embalada ao som do "eu acredito!". Foi a primeira conquista continental do clube em sua história. Mas quem também fez história foi o Raja Casablanca... Os marroquinos surpreenderam no Mundial de Clubes e o time mineiro se contentou com o terceiro lugar. O título ficou com o Bayern de Pep Guardiola, que conquistou absolutamente tudo que disputou em 2013.

Ex-time de Guardiola, o Barcelona ganhou o campeonato espanhol. Mas não vibrou só pela conquista. Após vencer um verdadeiro leilão pelo passe de Neymar (e sem nem mesmo dar o maior lance), o time catalão começa a ver o craque despontar até mesmo numa posição de protagonismo. "Ajuda" das lesões de Messi, claro. Aliás, o argentino pode finalmente ser desbancado na Bola de Ouro da Fifa. A tendência de premiações paralelas vem sendo a conquista do prêmio individual por Cristiano Ronaldo. O Brasil mais uma vez tem Marta o representando dentre as 3 melhores do mundo.

Mas 2013 também teve tragédias no esporte. Na Bolívia, a disparada de um sinalizador pela torcida do Corinthians matou o jovem Kevin Spada. 12 integrantes de uma organizada ficaram presos no país por meses. Alguns já foram pego novamente em confusões nas arenas brasileiras.

Também ficamos marcados pela batalha campal de Joinville. Confusão lamentável na rodada final do campeonato. No duelo entre Atlético-PR e Vasco, 5x0 para os paranaenses, que rebaixaram os tradicional time como segundo pior do Z4. Pelo menos esse rebaixamento será cumprido... O Fluminense também caiu dentro de campo, mas apelou para uma das maiores tradições do clube: o tapetão. Resultado? A Portuguesa acabou pagando o pato e estará na série B 2014.

Absoluta falta de bom senso no ano em que o movimento de jogadores paralisou partidas, ameaçou greve e finalmente enfrentou a CBF por mudanças no calendário. Por enquanto, nenhuma conquista concreta. Mas eles prometem insistir nas manifestações em 2014. Aliás, uma das principais reivindicações é a redução dos estaduais, cada vez menos nobres. Em 2013, SP viu o Corinthians ser campeão (o time também ganharia a Recopa, mas a campanha pífia no Brasileirão culminou com a despedida do técnico Tite, agora substituído por Mano Menezes), o RJ acompanhou o Botafogo levar os dois turnos e até dispensar a grande final, MG assistiu a vitória atleticana no superclássico estadual e o RS teve a conquista do Inter, que seguiria roteiro parecido ao dos campeões paulistas com um desempenho decepcionante no campeonato nacional. Enquanto isso, times como o Goiás e o Vitória quase entraram na zona da Libertadores. Faltou pouco para Walter e Maxi Biancucchi vibrarem.

Se o "quase" ficou presente no futebol, a Fórmula 1 não teve espaço para contestações de mais um título de Sebastian Vettel. O alemão simplesmente voou. Assim como Felipe Massa voou para longe da Ferrari. O único brasileiro garantido no grid em 2014 agora é da Williams.

Tão frequente quanto Vettel no topo do pódio na F1 foi a participação das meninas do nosso vôlei na mesma posição de honra. Campeãs em tudo que disputaram. Enea no Grand Prix. Bom sinal para o ciclo olímpico? Afinal, se a Copa já está aí, não vai demorar muito para Olimpíada do Rio também bater em nossas portas.

E muitos atletas prometem nos representar bem nos Jogos. Assim como o vôlei feminino, Arthur Zanetti também foi ouro em Londres. Assim como elas, ele também manteve as boas performances e foi campeão mundial nas argolas.

Outro medalhista de ouro (mas em Pequim), César Cielo também foi ao topo no Mundial de Esportes Aquáticos. No de judô, realizado no Rio, conquista de Rafaela Silva. Outras 6 medalhas também viriam, incluindo a prata por equipes dentre as mulheres.


Poliana Okimoto (maratona aquática) e Jorge Zarif (vela) foram nossos outros atletas dourados. E acabaram consagrados como melhores atletas brasileiros do ano no prêmio Brasil Olímpico.


Consagração que também veio para o handebol agora campeão mundial. Vitória na final contra as donas da casa após uma campanha épica. Coroação de um trabalho que já havia mostrado bons frutos no Mundial de 2011 e até na Olimpíada passada.

E seguimos vencendo quase tudo também no UFC. Entre derrotas de ídolos como Júnior Cigano e a consolidação de novos nomes como o de Renan Barão, o Brasil segue como um dos países mais bem representados na modalidade. E isso mesmo após a queda do mito Anderson Silva, duas vezes derrotado pelo americano Chris Weidman. Na revanche, uma cena que chocou. O supercampeão fraturou a perna e gritou de dor no octógono. A recuperação pode durar até 9 meses e há dúvidas se ele voltará a competir.

Já aposentado, Michael Schumacher também assusta o planeta nesse final de 2013. O heptacampeão jamais se lesionou gravemente em todos os seus anos de automobilismo, mas quis o destino que tivesse um traumatismo craniano após cair enquanto esquiava. Schumi agora está em estado crítico e as chances de que saia ileso são quase impossíveis.

No ano em que diversos campeões fizeram a festa, a agonia de dois ídolos não é o final que ninguém esperava... Resta torcer para que possamos constar sobre a recuperação de ambos na retrospectiva 2014, o ano que, como falamos já no primeiro parágrafo, foi um dos mais falados antes mesmo de começar em todos os tempos. E que já tem uma cara aguardada por todos nós:

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