sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Onde há fumaça, não há Marcelo Rezende


O trânsito paulistano das sextas é fatalmente tenso... Mas o imprevisto pode causar ainda mais caos na já conturbada cidade. Foi assim com o grave incêndio no Memorial da América Latina, que atingiu um dos auditórios da verdadeira obra de arte arquitetônica assinada por Oscar Niemeyer, localizada na região da Barra Funda.

Se você acompanha o mundo da TV com frequência, esse nome certamente não te soou familiar somente pelas opções de transporte disponíveis na área, mas pelo bairro ser onde ficam alguns dos principais estúdios da Record. É lá que se abriga o jornalismo da emissora.


Assim que a fumaça começou a se espalhar pela região, o Programa da Tarde que estava no ar. Britto Jr. chegou a mostrar algumas imagens ao vivo dos corredores do canal no momento em que funcionários já tapavam os rostos com suas camisas. O próprio apresentador voltou rapidamente ao estúdio para não prejudicar a sua alergia. E a pauta logo retornou a ser o reality Além do Peso. A grávida Ana Hickmann seguiu no programa até o fim.

Na sequência, entrou no ar o Cidade Alerta de Marcelo Rezende, ancorado excepcionalmente de uma redação mais vazia do que costuma ser. Ele até tentou comandar a narração ao vivo das chamas por 2 blocos, intercalados por longos breaks, mas logo a emissora optou por exibir reprises do Repórter Record, programa que já foi ancorado por Rezende.

O jornalista se justificou ao final da edição em um VT previamente gravado: "Toda a fumaça invadiu todas as dependências da Record e quase todos os funcionários foram removidos". O apresentador relatou até um "risco de vida" como causa para o "programa especial".


Aberto também com a notícia, o Jornal da Record teve depoimentos de seus apresentadores afirmando que eles usaram máscaras durante a tarde para manterem a voz (assim como repórter Lúcio Sturm [foto abaixo]. Mas Janine Borba observou que lá estavam "firmes e fortes". O JR News, de Heródoto Barbeiro, também foi ao vivo, após o canal passar parte da tarde com uma edição especial do Hora News, reprisada pouco depois por causa da total falta de condições também na sede do canal.


Dentre os canais de notícias, Globo News e Band News também ficaram ao vivo direto por mais de duas horas. E a Globo aberta chegou a colocar um boletim extra com Patrícia Poeta. Ambas ignoraram a situação da Record, assim como a Band, que somente se "aproveitou" da saída da Record da cobertura para ficar com um "exclusivo" na tela do Brasil Urgente, hoje apresentado por Márcio Campos. E o SBT inseriu boletins nos comerciais de suas novelas vespertinas e da série Eu, a Patroa e as Crianças. 

A revolta de William Waack


Chegar na bancada de um telejornal global de rede pode ser o sonho de muitos, mas apresentar o que vai ao ar no horário em que quase todos estão sonhando pode não ser tão agradável assim. Ana Paula Padrão, por exemplo, teve o horário avançado como um dos motivos para sair do JG. Recentemente, Christiane Pelajo admitiu que mal se encontra com o marido durante a semana.

Mas tudo que é tarde pode ficar ainda mais... Com Amor à Vida sendo empurrada até quase 23h para o Nordeste poder acompanhar uma versão minimamente longa da novela e também como forma de barrar qualquer chance de crescimento de Pecado Mortal em São Paulo, toda a grade acaba sendo jogada para alguns minutinhos além. E o efeito dominó fica mais forte quando a trama é sucedida por um programa ao vivo. No caso, o The Voice Brasil. Com as longas falas de Carlinhos Brown e eventuais empecilhos na apresentação, por mais que o apresentador Tiago Leifert tentasse apressar as coisas, o musical acabou passando de sua faixa prevista. E tudo isso culmina na atração também ao vivo que fecha o dia de muitos: o Jornal da Globo.

O telejornal estava previsto para 1h11, mas entrou no ar somente às 1h23. E despertou insatisfação em seu apresentador, que provavelmente com a chancela da chefia paulista, deferiu (in)diretas no ar. Ao falar sobre um leilão da Petrobrás que ocorreria no dia seguinte, o jornalista tratou o evento como "daqui a pouco". E justificou: "o jornal está tão tarde hoje".

Ao se despedir do comentarista de economia, mais um pouco de veneno escorreu. Ele falou que quase ia dar "bom dia" para Carlos Alberto Sardenberg, mas ao final fez a saudação prevista e desejou uma "boa noite".

 

A despedida do público também teve outra mensagem clara. Ao anunciar mais notícias no Bom Dia Brasil, Waack destacou que o telejornal matutino começaria "LOGO MAIS" com uma bela ênfase. O momento está disponível a partir dos 25 minutos de vídeo.

O atraso dessa quinta também ainda torna mais bizarro o corte feito para rede da festa do tricampeonato do Flamengo pelo título da Copa do Brasil.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Globo se equivoca na transmissão da final, mas tem quinta-feira de festa

Por pura sorte, estados do Norte e Nordeste ainda começaram a assistir ao jogo enquanto o placar 
estava zerado. Se tivesse saído algum tento antes dos 23m, eles só o veriam na Globo em VT

Se o Flamengo deu mais um show em campo, não pode se dizer o mesmo da transmissão global da grande final da Copa do Brasil. Apesar do time ter boa parte de sua torcida fora do Rio e ser o líder no ranking em diversos estados, o canal fez praticamente uma cobertura regional, ignorando que a festa pelo título foi muito além do RJ.

Assista ao momento em que a transmissão começa para Rede Fuso

O equívoco começa logo de cara. Se antes as transmissões entravam cortadas em cerca de 10 minutos ou até menos, a emissora resolveu genialmente causar o maior delay para os estados do Norte e Nordeste logo na grande final. A partida entrou no ar simplesmente aos 23 minutos do 1º tempo. Mais da metade da etapa inicial (ou 25% do jogo inteiro) foram perdidos pelo público nordestino. Quem explica?

Ao final do jogo, outra bizarrice. Enquanto o time ainda levantava a taça, a transmissão foi subitamente cortada para entrada do Jornal da Globo. Somente o Rio seguiu vendo os depoimentos de alguns dos campeões, sendo que eles tiveram a edição do JG gravada. Mas engana-se quem pensa que Luis Roberto seguiu no ar para o estado até altas horas... Ele simplesmente pode encerrar a cobertura com calma. Não foram mais de 10 minutos de diferença em relação ao seco e brutal corte para maior parte do país, uma mania irritante da Globo e que atrapalha até mesmo a apuração do Carnaval. O mais grave é que William Waack e Christiane Pelajo entraram no ar com uma fria pauta sobre o acidente na Arena Corinthians. Nenhuma novidade sobre a tragédia que vitimou fatalmente os 2 operários e justificasse a pressa. Na escalada, ao falar sobre o "futebol" e a "noite de decisões" de forma vaga, imagens somente da Ponte Preta na tela. A "compensação" veio só ao final, com o Placar da Rodada da sempre competente Fernanda Gentil, que além de retomar contato ao vivo com o Maracanã, mostrou um VT sobre a partida. Ou seja, o Placar foi digno de elogios por ter feito o feijão com arroz. Numa final programada há 2 semanas, o mínimo esperado é que imagens de outros títulos (no caso do Flamengo) e das campanhas dos times estivessem engatilhadas.

Diferentemente da primeira partida, jogo de volta da final 
foi transmitido pela Globo ao vivo do estádio

Na Band, a partida foi ao vivo para o país inteiro e em sua totalidade, mas a dupla Luciano do Valle e Neto não colou. Se foi uma estratégia para seduzir o público paulista, não se sabe, mas o fato é que Téo José/Nivaldo Prieto e Edmundo, que narraram diversos jogos das fases iniciais do torneio, teriam exercido a função com mais brilhantismo. Mesmo com todos os atropelos, a Globo se tornou mais interessante simplesmente pela sintonia entre Luis Roberto e Júnior, que praticamente ofuscaram Arnaldo Cézar Coelho, telespectador de uma arbitragem sem maiores sobressaltos, e o comentarista enviado pela RPC, afiliada da Globo no Paraná. Aliás, não seria mais coerente que o PR tivesse tido uma transmissão própria? Assim, a "torcida" ficaria mais livre em cada narração e sem ninguém sair incomodado.

Globocop foi acionado para mostrar o Maracanã rubro-negro, 
como é visível em mais captura de tela do @tuulio

A favor da Globo, pesa também a imagem mais nítida, o som ambiente mais acentuado fortalecendo o clima de final e a própria estrutura. Imagens aéreas, de ângulos exclusivos e uma boa mobilidade graças ao número de repórteres fazem a diferença.

ALÉM DA TV
Do Meia Hora ao Globo, a festa rubro-negra
Sites também destacaram o êxito do Flamengo 

UMA CAMPANHA BRILHANTE
Cruzeiro despachado, Botafogo goleado... 
O show na final contra o Atlético-PR

O dia seguinte... 



Mas a cobertura da quinta-feira veio caprichada, quem sabe como compensação? O Bom Dia Brasil destacou a conquista com VTs da festa da torcida e também dos principais lances do jogão. E o Bom Dia Rio já estava ao vivo da Gávea desde 6h15. E comprovando a grande torcida do Fla pelo país, o Bom Dia Paraíba também embarcou nos festejos, assim como o Bom Dia ES.


No Mais Você, o Louro José ganhou o urubu rubro-negro como colega. Fátima Bernardes recebeu um convidado menos inesperado, mas tão célebre quanto: o brocador Hernane, que ainda bateria ponto mais tarde em outra atração global.

Seguindo a dominação rubro-negra, os jornais do almoço também tiveram o título como pauta, é claro. RJTV 1, ESTV, Jornal da EPTV, MGTV, ... E as edições locais do GE em Sergipe, Paraíba, (Palmas para) Tocantins, Rondônia e Amazonas. Para provar que time grande não tem fronteiras, a notícia chegou (provavelmente por sinal de fumaça) até o Acre.

Na festa do título durante o GE, até o produtor quis aparecer no ar

No Globo Esporte Rio, excepcionalmente exibido para rede nacional, assim como na véspera do jogo, o tema não foi somente Flamengo apenas por causa da homenagem ao ídolo botafoguense Nilton Santos, a enciclopédia do futebol, que morreu poucas horas antes da final da Copa do Brasil. A taça da competição, que em muito lembra a da Champions League e figuras como Hernane, Léo Moura, Amaral, Luiz Antônio, Wallace e Samir estiveram no estúdio conversando com o apresentador Alex Escobar.

No estúdio, parte do elenco repetiu a simbologia do título ao erguer a taça

A comemoração se estendeu também até ao Jornal Hoje, que raramente fala sobre futebol justamente por suceder o Globo Esporte, mas abre justas exceções em títulos relevantes, como foi o caso de ontem. Exceção também foi o bloco especial do Jornal Nacional, em que o único tema foi Flamengo e fechou a edição do dia.

Outros canais 


A Band começou também com uma cobertura reduzida dentro do Jornal da Noite e também foi acanhada no Primeiro Jornal ou no Jogo Aberto, que preferiu destacar mais o acidente na arena de São Paulo para Copa do Mundo.

Os Donos da Bola, que no dia anterior foi ancorado ao vivo por Neto direto do Maracanã, ficou com o espaço mais generoso, assim como o Jornal da Band, que recebeu o "craque" na bancada ao lado de Ticiana Villas Boas e Ricardo Boechat. Seria legal se o Júnior tivesse sido convidado ao posto no JN, não?

No SBT, a parte mágica do dia 27 de novembro foi tema da #opinião de Joseval Peixoto. O âncora destacou o belo saldo do Fla na Copa do Brasil. Foram 26 gols marcados e somente 9 sofridos.


O SBT Brasil ainda homenageou o time com um VT mostrando as suas principais vitórias, além da matéria que destacou a explosão da torcida, prosseguindo a cobertura iniciada no SBT Manhã.

Na Record, a programação local do Rio mostrou que "a cidade parou". E as imagens continuaram no Balanço Geral RJ. A rede teve VTs mais sucintos no Jornal da Record e no Fala Brasil.

Se tratando de Rede TV, o Bola Dividida focou na mudança de postura rubro-negra após a queda de Mano Menezes e sua consequente troca por Jayme de Almeida.

As capas dos jornais também celebram o tricampeonato rubro-negro

Se a internet instantaneamente mostrou a proporção da vitória flamenguista, os jornais não deixaram por menos e amanheceram destacando a conquista que marca o ano do Fla. Das capas de publicações no Norte ao bem sacado "eu tri amo, Mengão!" do Meia Hora, seguem algumas das manchetes que entraram no clima de festa da maior nação de torcedores de um time no mundo.

Tricampeão

1990, 2006 e 2013. Uma nova página na emblemática relação entre o Flamengo e a Copa do Brasil foi escrita no Maracanã nesse 27/11. O time que mais venceu e que mais marcou na competição agora é também tricampeão dela. Os rivais derrotados nas grandes finais foram, respectivamente, Goiás, Vasco e Atlético-PR.


No caso do embate com o rubro-negro paranaense, a construção da conquista começou há 1 semana. Em um jogo chato, com cara de final, em que ninguém queria perder (não que eu já tenha visto muitos times querendo perder...), deu 1 a 1. Mas o gol fora de casa já garantia a vantagem flamenguista. Só que parecia exatamente ao contrário. Nós buscamos o gol demais do que o CAP. Em dado momento, o número de finalizações do lado carioca era praticamente o triplo. E isso quando o placar ainda estava em 0x0. Prova de que o resultado final foi mais do que merecido... De fato, os gols vieram para quem mais os buscou. E também para quem mais torceu por eles.

MAIS COPA DO BRASIL
A campanha do Flamengo até a grande final
"O Maraca é deles": repercussão do título nos portais
"Flamengo brocador" e outras manchetes de impressos 

O empate sem tentos já tornava o Flamengo campeão. Só que misturar os gritos de GOOOOOOOOOOOOOL e É CAMPEÃOOOOOOOOOOOOOO é bem mais divertido, apesar da garganta querer provar ao contrário. Ainda mais quando o grito de gol é em dose dupla. E quando o segundo sai quase que simultaneamente ao apito final, mais tenso ainda. E quanto mais tenso, melhor para um bom flamenguista. Afinal, o alívio só veio depois de muita, mas MUITA tensão. Gol de voleio defendido, bola raspando na borda entre o travessão e a trave...


E pensar que todo esse ciclo começou justamente contra o Atlético-PR. Após a derrota para o time que rendeu o pedido de demissão de Mano Menezes, veio o "choque de realidade" e a união do grupo sob o comando de Jayme de Almeida, que conquista um título nacional somente 2 meses após ser efetivado como treinador de um clube pela primeira vez. Esse sucesso improvável de Jayme é a cara do time, unido não há muito tempo (peças como o capitão Léo Moura, remanescente do título de 2006, e os goleiros Felipe e Paulo Victor estão dentre as poucas "tradicionais" na Gávea) e que reúne inversões que muitos considerariam bizarras antes dessa temporada, como o brocador Hernane sendo titular absoluto e empurrando Marcelo Moreno para o banco. Hoje, bizarrice seria pensar ao contrário. Com o gol do título, Hernane chegou aos 34 na temporada. E 8 na Copa do Brasil. Artilheiro absoluto na competição, assim como em todas que disputou em 2013 e já foram encerradas.

Antes de Hernane cumprir a tradição e estufar as redes do novo Maracanã, quem abriu o placar foi Elias. O atleta foi recompensado logo depois com os gritos de "Fica!". E é provável que siga mesmo vestindo o manto. Assim como que surjam reforços no caminho rubro-negro. Afinal, disputa de Libertadores não é brincadeira.


E já dá para imaginar como o estádio da final da Copa do Mundo ficará durante o torneio continental... Com o primeiro mosaico desde a reinauguração, a também primeira final entre clubes e consequente decisão de título na nova arena viu um público recorde para eventos off-Fifa: quase 70 mil pessoas, sendo a maior parte delas pagante (de caros ingressos, que renderam uma renda próxima aos 10 milhões de reais, algo nunca antes ocorrido com o Fla).

Dentre tantas premiações, destaque também para de Luiz Antônio, que foi eleito o melhor jogador da final. Prova que mais do que talentos soltos, a equipe deu certo, o que é motivo para ainda mais comemorações da massa que não para de cantar, soltar fogos, buzinar e zoar com os secadores desde ontem... E com toda a razão. Uma vez Flamengo, três vezes Flamengo, sempre Flamengo.

Os outros 12 jogos

As imagens da festa no Maracanã entram para história e serão relembradas sempre que o Flamengo entrar na disputa por um novo título de Copa do Brasil. Mas a campanha rubro-negra foi brilhante não somente contra o Atlético-PR. Nem tão somente a partir das oitavas de final.

Assim como o time paranaense, o carioca não teve a moleza de simplesmente pegar a vaga com a competição já andando, como os que disputaram essa Libertadores tiveram. Competir desde o começo parece ter ajudado ambos, que entraram já embalados contra adversários que mal sabiam onde estavam.

Tudo começou ainda em abril (notem a duração gigante desse formato da Copa do Brasil, que quase perdia seu charme pela diferença enorme entre alguns duelos do mata-mata). Remo, Campinense, ASA de Arapiraca... Esses foram os três primeiros adversários do Fla. Todos batidos com certa facilidade e em partidas que valeram mesmo só para o time ver lotados estádios também no Norte e Nordeste, onde supera as equipes locais em números de torcedores na maioria dos estados.

MAIS COPA DO BRASIL
Título é página na história do clube 
As manchetes da conquista nos grandes portais
"Eu tri amo, Mengão!": os destaques impressos 

Vaga nas oitavas garantidas, eis que o sorteio aparentemente não foi muito amigo com o Flamengo. Na frente do time, surgia o Cruzeiro, que já na época despontava como favorito absoluto ao título do Brasileirão. Mas Flamengo é Flamengo. Agora já comandado por Mano Menezes (após a demissão de Jorginho), vaga garantida.

Surgia um clássico nas quartas de final. Outra vez, o Fla era visto somente como zebra. Afinal, o Botafogo ali ainda não havia mostrado a cota de 2013 da sua tradicional fama de cavalo paraguaio. Pelo desempenho no Brasileiro, os comandados de Seedorf já se sentiam garantidos na Libertadores. Mas a vaga deles agora é bem complicada, enquanto a do Flamengo direto na fase de grupos é garantida.

No duelo contra o Botafogo, torcida entoou todos
 os coros mais famosos da história recente do Fla 

Pelos jogos contra o Botafogo serem no Maracanã, o campo teoricamente seria neutro nas duas ocasiões. OK na ida, quando o placar foi de 1 a 1. Mas se esqueceram de avisar aos rubro-negros na volta. O estádio voltou a ficar lotado. Torcedores flamenguistas ocuparam até mesmo o espaço reservado aos 12 simpatizantes do Botafogo. E o espetáculo não ficou somente nas arquibancadas. Em campo, Hernane, em sua relação mágica com o novo Maraca, pediu música no Placar da Rodada com seus 3 gols. E Léo Moura, aniversariante do dia, fechou a conta. O capitão que mais tarde ergueria a taça foi festejado e ouviu 50 mil pessoas cantarem um "parabéns para você" mais do que especial.

Elias, já com o filho recuperado, teve atuação decisiva na semifinal

Tudo zerado para as semis e eis que surge o Goiás de Walter, que prometeu deitar e rolar contra o Fla. Mero engano. Mesmo cheio, o Serra Dourada não impôs nenhuma pressão e os comandados de Jayme de Almeida, que chegou a ser somente técnico interino por 1 semana, saíram de Goiânia com o 2x1. Na volta, o Goiás abriu o placar de cara e colocou uma interrogação na cabeça da nação. Será que eles repetiriam o que fizemos com o Cruzeiro antes? Elias e Hernane, a mesma dupla que marcaria também na final, teve a resposta. E um novo 2x1 se concretizou. Conste-se que novamente diante de um time que figura nas primeiras posições do Campeonato Brasileiro, o mesmo que inevitavelmente aconteceria na final, já que a outra semi foi disputada por Grêmio e Atlético-PR. Boa parte da torcida preferia pegar os relativamente decadentes comandados de Renato Gaúcho, mas o êxito foi paranaense (aliás, o Inter já havia sido eliminado pelo CAP anteriormente).

E a grande final? Ah! Isso é história para outro post...

Assim como o Brasil, a internet em êxtase com o tricampeonato do Flamengo

Tudo que acontece no Flamengo ganha uma repercussão especial. Afinal, trata-se simplesmente da maior legião de torcedores de um país. E o impacto do tricampeonato da Copa do Brasil se reflete nas capas de nossos maiores portais. Até os sediados em São Paulo e com fortes características tendenciosas cederam. O país hoje se dividiu entre quem torcia e quem secava o Flamengo. Mas todos estavam interessados no resultado histórico que coroou a primeira final entre clubes no novo Maracanã. Entre cariocas, esportivos, institucionais e tantos outros, seguem abaixo as páginas de alguns dos tantos sites (como o Território faz agora em seu 200º post) que destacaram o grito de uma nação.


A ferramenta TrendMaps também permite uma visualização de como o tema impactava as redes sociais mesmo mais de 1h depois de Léo Moura erguer a taça (explica-se a liderança de Daniela Mercury pela entrevista da cantora ao Programa do Jô).