domingo, 20 de abril de 2014

Brasileirão 2014: a classificação da 38ª rodada pelo Território

1º Grêmio
2º Cruzeiro
3º Flamengo
4º Internacional
5º Santos
6º Atlético-MG
7º Bahia
8º São Paulo
9º Botafogo
10º Atlético-PR
11º Corinthians
12º Palmeiras
13º Goiás
14º Vitória
15º Criciúma
16º Coritiba
17º Chapecoense
18º Fluminense
19º Sport
20º Figueirense 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Campeão na raça riu por último do bom e velho freguês, veja capas:


Quando a ocasião faz a festa de uma nação

Para o torcedor do Flamengo, os últimos dias não foram fáceis. Elias fechou com o Corinthians, o STJ com o Sport e o León com as oitavas de final da Libertadores... Sem o passeio pela América continuar, a solução da crise seria vencer o campeonato em que o time passeou mesmo usando reservas em várias rodadas. Campeão com tamanha antecedência da Taça Guanabara que a taça em si nem estava pronta no dia da conquista e depois de despachar facilmente a Cabofriense, o Flamengo enfim se viu diante de um grande desafio no Campeonato Carioca, no qual havia perdido somente 1 jogo para o Fluminense.


Não era o time que até dias atrás era de Libertadores contra o de série B. Era Flamengo x Vasco, o clássico dos milhões, em que o imponderável se torna rotina. A invencibilidade se manteve e a taça estava lá pronta para ser erguida e exibida com todo o orgulho como 2º título relevante em poucos meses de trabalho de Jayme de Almeida. A vantagem só do empate, tão questionada quando a fórmula foi apresentada, acabou decidindo o título. No placar agregado, 2 a 2. No domínio dos 2 jogos da final, realmente houve equilíbrio. Mas o novo Maracanã não se cansa de ver o Flamengo campeão. Além da Seleção Brasileira na Copa das Confederações, até agora só deu Fla no lugar mais alto do pódio após o retorno do principal templo de nosso futebol, que já tem data marcada para ser o centro dos olhos de todos os brasileiros que curtem o mais popular dos esportes de novo: depois desse 13 de abril, a vibração retorna em 13 de julho. E dessa vez não mais rubro-negra, mas esperamos que verde e amarela.

E uma vibração maior ainda. O público da grande final foi de 50 mil torcedores, abaixo até mesmo dos 60 mil que acompanharam o duelo do mesmo Flamengo na quarta-feira passada. Na Copa, deverão ser quase 70 mil privilegiados. Mas boa parte da meia centena de milhar que ocupava o estádio hoje não arredou pé mesmo após o gol do Vasco aos 30 minutos do 2º tempo. Naquele momento, o cruz-maltino era campeão e poderia expurgar por algum tempo a fama de eterno vice. O lado preto e branco do Maraca não somente comemorava um título, mas desferia xingamentos aos flamenguistas como se fosse uma compensação pelos anos de freguesia. Porém o improvável até para os rubro-negros aconteceu. Afinal, o futebol é um caixinha de surpresas, como lembro-me de já ter escutado em algum lugar (umas duas centenas só). Aos 45 (literalmente), veio a explosão de alegria. Para aqueles que tinham o campeonato somente como obrigação há uns 20 minutos, o título se tornou digno de uma grande comemoração. A ocasião fez a festa da nação. O freguês virou cliente VIP. Ou VIPão até. Afinal, o Flamengo decepciona algumas vezes sua torcida, mas o histórico das finais nas últimas décadas mostra que o Vasco não. Agora são 33 Cariocões Guaraviton  nas prateleiras da Gávea, marca maior do que qualquer adversário possui. Só que o gostinho de cada conquista segue sendo especial.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Vai ter Copa sim! E fica mais fácil se preparar para ela com Cristiane Dias e Fernanda Gentil


12 cidades, 32 seleções e 1 país inteiro tendo que aprender sobre times que nunca ouviu falar antes. Ou alguém aí tinha ideia dos craques da Croácia antes da equipe de lá cair como nossa adversária na estreia do Mundial?

É por detalhes assim, que o público precisa conhecer e que acabariam ofuscados pelos preparativos em si nas vésperas da abertura que a Globo criou um espaço só para falar sobre a expectativa em torno da Copa do Mundo, o Rumo à Copa, que estreou nesta madrugada e irá ao ar todas as segundas, depois do Jornal da Globo.

E a ideia funcionou muito bem em sua estreia. Com as edições do Globo Esporte rede, Rio de Janeiro, São Paulo e do Esporte Espetacular em seus currículos, Cristiane Dias e Fernanda Gentil se mostraram muito bem no comando do almanaque televisivo sobre o maior evento esportivo do planeta. Ambas conseguiram destaque sem a necessidade de uma disputa para ver qual estaria mais em foco.

A ideia de um aquecimento para o Mundial além da cobertura dos telejornais já havia sido posta em prática com sucesso em 2010 durante o Passaporte África, mas agora foi aprimorada e deixou o tom professoral para apostar no ritmo de entretenimento que coroou a Central da Copa também durante a disputa no país de Nelson Mandela.

Se atletas como Ronaldo surgiram em um VT com um bem sacado viral, em que a bola é repassada pela tela numa colagem de jogadas, o palco teve a presença de Arlindo Cruz, autor de um igualmente interessante samba chiclete que serve para decorarmos as equipes e seus respectivos grupos.

Mas o jornalismo não fica em segundo plano. Nos mesmos 25 minutos de estreia, tivemos ainda novidades sobre nossos adversários da primeira fase e um comparativo entre os desempenhos de Lionel Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo por suas equipes.

Na média de gols, o brasileiro saiu ganhando. Na madrugada, a Globo e o público também, com uma opção leve e informativa que hoje pode soar até como boba, mas já adianta o que estará na ponta de nossas línguas daqui a 65 dias.

domingo, 6 de abril de 2014

Globo homenageia o felomenal José Wilker

O maior canal do país não homenageia a trajetória de um dos atores mais notáveis que passaram pela sua tela somente depois da notícia da sua morte.


Na última quarta-feira, o Vídeo Show recebeu José Wilker como convidado. No palco ao lado de Zeca Camargo, Wilker relembrou seus personagens épicos, como o Roque Santeiro. E foi ao som da trilha da novela que ele deixou seu autógrafo, que agora certamente ocupará lugar emblemático, na calçada da fama do programa. Uma justa homenagem e digna da relevância do ator.

Pena que seu último papel na televisão não teve a mesma dimensão. O Herbert de Amor à Vida foi um dos tantos figurantes de luxo em meio ao grande elenco da trama das 21h.

Mas esse foi um raro revés de uma carreira consagrada. Wilker jamais viveu com base nos louros do passado, mas sempre olhando para o futuro. Fez personagens lendários também na última década, como o felomenal Giovanni Improtta de Senhora do Destino e eternizou o “vou lhe usar” na versão mais recente de Gabriela, sendo que coube a ele ser o protagonista Mundinho Falcão na exibição original.

O tempo rugiu e a Sapucaí foi grande para Wilker, que acumulou também participações no cinema, como em Bye Bye Brasil. Tomou tanto gosto pela sétima arte que virou especialista e comentava as transmissões do Oscar na Globo ao lado de Maria Beltrão. A apresentadora do Estúdio i se somou a Paulo Betti, Malu Mader, Antônio Calloni e outros nomes que entraram ao vivo na Globo News, canal que ficou direto por cerca de três horas repercutindo a notícia, que veio enquanto a Globo transmitia partida da Superliga de vôlei, deixando assim a notícia a cargo do narrador Luiz Carlos Júnior, que depois foi complementado por boletim do Jornal Hoje sob o comando de Rodrigo Bocardi.

Mas o canal reservou a maior parte das homenagens para o Jornal Nacional, que emendou seus 12 minutos iniciais com a trajetória do ator e o impacto de seu falecimento, inclusive mostrando o restaurante em que ele jantou na sexta à noite normalmente.

"O Brasil perde um de seus maiores atores" foi a fala de Carla Vilhena na abertura da escalada. E o desenrolar da edição demonstrou isso. As vinhetas de ida para o intervalo comercial foram substituídas por cenas marcantes de Wilker. Mudança similar havia sido feita nos últimos anos somente após a morte do arquiteto Oscar Niemeyer.

No encerramento, as imagens da redação foram trocadas por outras cenas. Sem “boa noite”, Carla e Evaristo Costa confirmaram que o filme da Tela Quente de segunda passa a ser o inédito Giovanni Improtta, não mais Os Mercenários 2.

Foi confirmada ainda a exibição de uma série especial sobre Ayrton Senna no Esporte Espetacular, que estreou na manhã deste domingo. Narradas por Wilker, as matérias pretendem celebrar a memória do piloto 20 anos depois do trágico acidente que o matou. A manutenção da voz do ator no trabalho agora também o celebra.

Essa coluna foi publicada originalmente no NaTelinha

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Patinho feio? Vanessa agora está mais para cisne milionário

Pedro Bial começou a grande final do Big Brother Brasil 14 fazendo duas perguntas. “É para subir aqui?” e “estamos no ar?”. Já acostumado com a sucessão de falhas técnicas resultantes em mais de 60 dias no ar ao vivo por ano, ele tirou de letra e logo convocou o show de Gaby Amarantos, que surpreendeu ao ser revelada como atração musical da final, mas cumpriu bem seu papel de animar a plateia.

Logo depois, Bial já estava em pé, Gaby cantando seus hits e tudo voltou ao eixo normal e óbvio. Com figurinhas cada vez mais repetidas, o BBB não desperta o mesmo encanto de quando público e participantes iam entendendo juntos sua dinâmica. Como o próprio apresentador citou, a geração que agora entra na casa cresceu assistindo ao reality e se tornou praticamente especialista nele. O que seria excelente no formato americano, que é similar ao No Limite, onde os próprios participantes eliminam os concorrentes e definem o campeão. Mas aqui todos sabem que estão sob o olhar da opinião pública. E isso vai ser essencial para o faturamento dos 17 que não forem finalistas fora da casa e atacarão de DJ nos próximos meses. Nessa edição, houve até mesmo participante questionando se a cor dos seus pelos poderia render algum cachê adicional em revistas masculinas. Aliás, notem o exagero da fórmula com 20 confinados, que propiciou a ilógica versão turbo nas primeiras semanas. O começo do jogo, quando ele ainda contava com audiência em alta como efeito de suceder a reta final de Amor à Vida, serviu para uma série de eliminações aleatórias, não para o público já se apegar aos participantes. Os sobreviventes vieram mostrar suas caras já praticamente na metade da edição, inclusive as 3 finalistas.

Dentre elas, é claro, a grande campeã Vanessa. Bem, ter feito parte do primeiro casal lésbico da história do BBB e ainda mais quando nenhum dos heterossexuais emplacou já é o suficiente para colocar a paulista como destaque da edição. Mas ela não é somente a namorada da Clara. Van, como era chamada mais intimamente pelos companheiros de casa, mostrou vontade no jogo, enquanto muitos só cumpriam tabela. O que já podia ser esperado como marca de uma ativista que participou da invasão ao Instituto Royal, aquele famoso pelo resgate dos beagles.

Inclusive, a promessa de investir boa parte do prêmio de 1 milhão e meio de reais na causa pesou para opção dos fãs de Clanessa por ela, que se consagrou de verdade em pleno 1º de abril. 53% dos votos em decisão tripla. Se fosse uma eleição, vitória com louvor em 1º turno. Vanessa entrou na casa solteira e saiu convidada por Clara para fazer parte de um casamento já existente, entrou como “patinho feio” e saiu milionária. Entrou com 27 anos e saiu com 28, completados exatamente no dia da final. E sob um merecido coro de parabéns, que conseguiu ser um dos raros grandes momentos do 14º Big Brother, ao lado das hilárias horas em que a Valdirene de Tatá Werneck entrou no jogo ou dos bons comentários de Monica Iozzi.

O saldo que fica é de atenção para Globo. Tudo bem que o faturamento pode ser expressivo, mas a atual edição voltou a bater recordes negativo de audiência: pior média geral e também de final. E ainda perdeu também a repercussão. O burburinho gerado pelo reality nas ruas foi praticamente zero. Até mesmo o saldo de votações impulsionado pelas torcidas na internet não foi o mesmo de alguns anos atrás. Nessa final, por exemplo, o número total não foi nem mesmo divulgado.

Para Vanessa, que tem seu saldo bancário impulsionado, como uma plateia em polvorosa gritou ontem, só nos resta desejar “muitas felicidades e muitos anos de vida”.

Essa coluna foi publicada originalmente no NaTelinha