quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Janeiro de 2013 em retrospectiva: O mês em hashtags

1° - #malhação



Novela troca de protagonista, mas mantém ritmo que a deixa entre as melhores temporadas já exibidas.

2° - #bbb13
Com desistência e paredão fake logo nas primeiras semanas, edição do reality tem início empolgante.

3° - #icarly
Band começa a transmitir série em suas tardes e vê índices de audiência subirem com a exibição dos primeiros episódios de uma das franquias americanas de maior sucesso entre o público teen.

4° - #opinião
#opinei

5° - #fantástico #jg
No caso do dominical, a maioria dos tweets está relacionada a cobertura feita no último domingo do mês sobre a tragédia de Santa Maria. O programa cancelou boa parte de suas pautas para cobrir a quinta pior tragédia da história do Brasil. 

6° - #carrossel
Entre duendes e fadas, a terra encantada espera por nós. Abra o seu coração, na mesma canção, em uma só voz.

7° - #jn #pdt
Patrícia Poeta entra de férias e é substituída por Renata Vasconcellos ao final do mês. Assim como com o Fantástico, também houve um sensível aumento do número de posts relacionados ao telejornal por causa da cobertura do incêndio na boate Kiss. O mesmo acontece com o Jornal da Record, 8° colocado da lista.

9° - #fazendadeverão
Reality chega ao fim e consagra Angelis como campeã com 69% dos votos em final tripla. A assessoria foi a recordista de Roças da competição.

10º - #jsbtmanhã
Telejornal gravado. Sem mais.

11º - #amulherinvisível #lulaofilhodobrasil #de
12º - #humordobem #sbtbrasil #jh
13º - #jt #humordobem
14º - #plantãosbt #chuck
15º - #bemestar #ocantodasereia
16º - #altashoras #bu #gnn #jd
17º - #rntv
18º - #17outravez #hed #compartilhe #rebelde #r7
19º - #câmerarecord #jb #jrnews #loucoporelas #redetvnews
20º - #vídeoshow #teamana #pss #rebeldesparasempre

Tragédia em Santa Maria deixa lições para todos nós

A tragédia em Santa Maria continua sendo o assunto nacional mesmo 5 dias depois das chamas tomarem conta da boate Kiss. As peculiaridades dessa catástrofe contribuem para que realmente tenha se formado um debate sobre as causas que levaram ao incêndio.

Diferente de tragédias aéreas em que leigos jamais poderiam identificar questões de segurança dos voos e das pistas ou dos desastres naturais em que a maioria das vítimas mora em regiões de risco por pura falta de opção, todos nós frequentamos ou conhecemos pessoas que frequentam casas noturnas com certa regularidade. E a ausência de extintor ou de saídas de emergência é facilmente perceptível.


Nessa quinta, revista Veja lançou edição especial sobre a tragédia 

Não que tenhamos obrigação de assumir o papel do Estado, mas qualquer colaboração sempre ajuda... Resta torcer para que as medidas tomadas pelas prefeituras de todo o Brasil depois do segundo maior incêndio da nossa história não se resumam a algumas dezenas de boates interditadas diante das câmeras de TV. O problema da segurança contra incêndios no Brasil é bem mais crônico. Provavelmente, muitos órgãos oficiais também seriam fechados se fossem vistoriados hoje. Três décadas de sorte sem grandes tragédias do tipo acomodaram o poder público... 235 vidas se foram para que comece a ser feito o óbvio.

Enquanto continua a justa caça aos culpados (que, aliás, se contradizem cada vez e provam a razão do ditado "Quem não deve, não teme"), resta acompanhar os passos que podem caminhar para um futuro apenas com inocentes.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

1 dia depois da tragédia em Santa Maria

O dia seguinte ao terceiro incêndio mais fatal do século em todo o planeta foi marcado por uma diversidade de sentimentos. O luto nos primeiros enterros, a esperança de recuperação dos feridos, a solidariedade de quem continuava chegando em Santa Maria para prestar auxílio aos familiares e amigos, o alento com os primeiros sinais de punição aos responsáveis... Em meio a esse turbilhão, a TV aberta brasileira seguiu dedicando boa parte do seu tempo ao assunto. Durante todo o dia, era certo que pelo menos alguma das grandes emissoras estaria dedicando sua programação ao incêndio na boate Kiss. A segunda marcou o começo de uma semana triste para todos os brasileiros.

Sendo dia útil, as mudanças nas programações em si não foram os grandes destaques, mas a derrubada de pautas e adaptação nos esquemas de exibição de programas fixos. Caso do Globo Rural, que abordou a tragédia com a deixa de muitas das vítimas serem estudantes de Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria. Na sequência, muitos telejornais locais abordaram a segurança das casas noturnas nas regiões em que são exibidos, fato que se repetiu em outras emissoras.

O Bom Dia Brasil foi ancorado por Ana Luiza Guimarães direto de Santa Maria, abrindo o dia em que todos os telejornais da Globo foram apresentados do local de uma tragédia. No caso do Bom Dia e do Jornal Hoje, o local escolhido para as transmissões foi o ginásio onde então era realizado o velório coletivo das vítimas.


Aliás, Sandra Annenberg possivelmente foi a jornalista que mais se destacou na cobertura. O Jornal Hoje tradicionalmente tem pautas mais leves, não que isso o faça ignorar assuntos tristes, mas nenhum dos apresentadores tinha sido deslocado anteriormente para o local de um desses fatos. As saídas de Sandra e Evaristo Costa da bancada haviam ocorrido antes em situações mais festivas, como a visita do papa Bento XVI, a posse da presidente Dilma Rousseff ou a realização da Rio Mais 20. 

De cara limpa e com uma ternura impressionante, Sandra parecia lutar para não se emocionar enquanto estava no ar. E resumiu bem o sentimento que marcou o dia: "A dor de cada um é a dor de todos nós", disse ela enquanto abraçava uma voluntária. Essa humanidade chegou a colocar a jornalista entre os tópicos mais citados do mundo do Twitter.

A edição do Jornal Hoje foi totalmente dedicada ao ocorrido em Santa Maria, assim como aconteceu com o Globo Notícia da tarde.


No Jornal Nacional, apresentado por William Bonner em frente ao que restou da Kiss (mesmo local de onde Christiane Pelajo apresentou o Jornal da Globo), a cobertura seguiu e provavelmente propiciou uma das edições mais emocionantes da história do JN, que chegou a contar com uma reportagem do próprio Bonner. O primeiro bloco, totalmente dedicado a falar sobre o incêndio, teve 22 minutos diretos no ar, uma marca rara no principal jornalístico do Brasil. Mas o momento mais tocante veio no encerramento. Em silêncio, o telão ao fundo da redação exibiu os nomes de todas as vítimas fatais. Dessa vez, não houve "boa noite". Do Rio de Janeiro, Renata Vasconcellos se despediu do público com um breve "Até amanhã". O fato se repetiu nessa terça, repetindo uma sequência que antes havia acontecido apenas na cobertura das chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro. 

Igualmente em silêncio também foi finalizada a edição do Jornal da Globo, que mostrou Christiane Pelajo caminhando pelas ruas de Santa Maria ao lado de 35 mil pessoas. Era a demonstração do luto vivido pela cidade. 

Ainda na Globo, Mais Você, Bem Estar e Encontro com Fátima Bernardes dedicaram a maior parte de suas edições aos desdobramentos do incêndio, fato que se repetiu nessa terça, incluindo um debate acalorado entre Fátima e um bombeiro, mesmo com ambos visivelmente tendo o objetivo em comum de melhorias na legislação brasileira para que tragédias como a de Santa Maria não se repitam. 


E não foi apenas a Globo que deslocou seus âncoras para o Rio Grande do Sul. A Record enviou Ana Paula Padrão e Eduardo Ribeiro, que apresentaram o Jornal da Record também na rua da boate Kiss. E a dupla mostrou entrosamento em uma cobertura tão complicada. O encerramento da edição também veio em silêncio, porém mostrando fotos das vítimas. 

Pena que a correta cobertura do JR não possa apagar o deslize cometido mais cedo pela mesma Record. No Balanço Geral São Paulo, Geraldo Luís espetacularizou o que podia ser uma sóbria prestação de serviço. Aos gritos (convenhamos que esse é seu tom normal), Geraldo apresentou seu programa de um cenário que encenava a situação vivida na boate. Entre fumaça feita com gelo seco e sapatos jogados no chão, ficou claro apenas que aquele definitivamente não era o momento adequado para tal postura. Aliás, fica incoerente que a edição paulista do Balanço Geral dedique todo o seu tempo para uma tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul. Se o assunto realmente merecia espaço, que fosse convocado um boletim para rede nacional. 

A Record também repercutiu o acidente em seus outros telejornais de rede e locais, além de tratar do tema nas revistas eletrônicas Hoje em Dia e Programa da Tarde.

Nessa terça, Eduardo Ribeiro seguiu em Santa Maria e fez diversas entradas no JR. Quase simultaneamente, ele na Record e José Roberto Burnier na Globo noticiaram o aumento do número de vítimas para 235.

No SBT, Carlos Nascimento foi o âncora enviado para apresentar a cobertura direto de Santa Maria. Estranho é que ele viajou apenas para apresentar o jornal da madrugada. No horário nobre, Rachel Sheherazade e César Filho ficaram normalmente na bancada do SBT Brasil, apenas contando com participações ao vivo de Marcelo Torres. O canal ainda repercutiu a tragédia em boletins levados ao ar em seus breaks.

A Band, que enviou Eleonora Paschoal, Márcio Campos, Henri Karam e Fábio Pannunzio para Santa Maria, tratou do incêndio em todos os seus telejornais. No Brasil Urgente, José Luiz Datena voltou a polemizar, novamente comparando a provável situação dentro da boate com as câmaras de gás utilizadas pelo regime nazista na Segunda Grande Guerra.

Surpreendente foi a cobertura do Rede TV News. Mais completo que concorrentes de emissoras maiores como o Jornal da Band e o SBT Brasil, o principal telejornal da Rede TV manteve Amanda Klein e Augusto Xavier (aliás, esse nascido em Santa Maria) na bancada em São Paulo, mas teve diversas participações de repórteres em links e teve diversas matérias especiais, contemplando as várias faces da cobertura. Se Liga Brasil, A Tarde é Sua e até mesmo o Superpop também foram pautados pelo incêndio. 

Apesar de basicamente ter reprisado conteúdo já visto na Record, o Jornal da Record News também conseguiu ser completo. Aliás, o telejornal foi completamente dedicado aos fatos ocorridos em Santa Maria. Eduardo Ribeiro fez as entradas ao vivo no produto de destaque do canal de notícias.

Até mesmo a TV Gazeta também deslocou repórteres da cabeça de rede para o Rio Grande do Sul, fato repetido por muitas emissoras argentinas e pelos canais internacionais que possuem correspondentes no Brasil, caso da CNN e da Al Jazeera. 

Outras repercussões

Devido ao luto nacional decretado, todas as bandeiras dos órgãos oficiais foram hasteadas em meio mastro. A presidente Dilma pediu 1 minuto de silêncio no Encontro Nacional de Prefeitos, que foi antecipado em algumas horas, já que eventos do Governo não podem passar das 19h em dias de luto. Dilma recebeu mensagens de condolências de presidentes de todo o mundo, como os de Colômbia e Rússia. O papa Bento XVI também dirigiu uma mensagem ao povo brasileiro expressando seus sentimentos.

A cúpula que unia os estados latinos e a União Européia (da qual Dilma participava no domingo) foi encerrada com um pedido de reflexão feito pelo presidente chileno. Da China ao Reino Unido, ministros de relações exteriores de diversos países também demonstraram seus pêsames. 


No Google, uma inédita fita preta foi colocada na página principal e permanecia lá até o fechamento desse post. 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Nas homes dos sites, o luto generalizado pelo incêndio no RS

Na era virtual, a maneira com que as páginas iniciais dos maiores sites do mundo ficam após fatos importantes são tão marcantes quanto as capas dos jornais. Abaixo, uma compilação de como alguns grandes portais do Brasil e do mundo destacaram a tragédia que se abateu sobre Santa Maria nas primeiras depois do incêndio e também hoje.

Em tweets, o luto generalizado pelo incêndio no RS


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A cobertura televisiva na tragédia em Santa Maria

27 de janeiro de 2013 foi um dia atípico para o Brasil. O país tropical abençoado por Deus viveu uma das maiores tragédias de sua história. O mundo também ficou perplexo diante de um piores incêndios de todos os tempos. Em pleno domingo, a mídia se esforçou em todas as suas plataformas para transmitir informações sobre a catástrofe que deixou 231 mortos no interior do Rio Grande do Sul

Na Globo, a cobertura começou no Esporte Espetacular. Glenda Kozlowski abriu a edição informando sobre os então 90 mortos confirmados na boate KissAo longo do EE, os números foram aumentando de forma assustadora. Apesar de ter seguido com o nome esportivo, o programa derrubou as pautas e ocupou também o espaço que seria de Aventuras do Didi, resultando em uma das mais longas edições já realizadas na sua existência. Com as primeiras informações ainda desencontradas e uma dupla sem hábito no hard news, a Globo conseguiu se destacar por sua afiliada possuir uma base em Santa Maria, o que possibilitou de forma rápida o envio das primeiras imagens e a realização dos primeiros links.

A cobertura global prosseguiu em edições extraordinárias do Globo Notícia ao longo dos breaks do Esquenta e da Temperatura Máxima comandados por Renata Ceribelli. A apresentadora do Fantástico precisou até constar que o programa de Regina Casé havia sido gravado anteriormente, por isso destoava do clima do dia.

Durante o futebol, todos os campeonatos estaduais respeitaram 1 minuto de silêncio antes dos jogos e muitos clubes entraram em campo com detalhes pretos nas camisas, mesmo procedimento feito pela Seleção de futebol de areia. Eventos que seriam realizados como comemoração pelos 500 dias restantes para Copa do Mundo foram cancelados por causa dos 3 dias de luto nacional decretados pela presidente Dilma (são 7 no RS e 30 em Santa Maria). No Rio Grande do Sul, a rodada do Campeonato Gaúcho foi suspensa e a RBS seguiu o horário com a cobertura que vinha realizando desde o final do Esporte Espetacular, voltando a se juntar com  a rede apenas no horário do Domingão do Faustão, que excepcionalmente começou em silêncio e abordou os acontecimentos em Santa Maria durante boa parte da exibição.


O Fantástico prosseguiu a cobertura, derrubando muitas das pautas anunciadas ao longo da semana. O dominical contou com as participações de José Roberto Burnier e César Menezes, enviados de São Paulo para Santa Maria para auxiliarem na cobertura. Inclusive, Burnier foi o primeiro repórter a entrar nos destroços da boate Kiss, como o jornalismo global mostrou com exclusividade.

Em dia de manutenção na rede nacional, o Rio Grande do Sul excepcionalmente seguiu o sinal de São Paulo para seguir tendo boletins locais durante a madrugada.

E a cobertura não ficou restrita aos domínios globais. Sem exceções, a TV aberta se mobilizou na repercussão da pior tragédia já vivida no RS. Algumas com maior destaque, outras de forma quase amadora, como foi o caso da Record. Com Reinaldo Gottino comandando a transmissão de São Paulo com o auxílio dos apresentadores gaúchos. Sem estrutura em Santa Maria, o Plantão se baseou apenas em narrar imagens que eram reprisadas de forma exaustiva.

Outro fato curioso é que o Programa do Gugu começou a levar ao ar o quadro Quer Viajar Comigo?, posteriormente o interrompeu para atualização das notícias e o apresentador simplesmente preferiu o encerrar sem desfecho. E não havia chegado nenhuma grande novidade em relação ao que era conhecido quando começou a exibição do quadro.

Domingo Espetacular também frustrou quem buscava mais informações sobre o ocorrido. A cobertura reunia assuntos que renderam matérias inteiras no concorrente Fantástico como meros detalhes em seus VTs. O espaço dedicado também foi pequeno para dimensão da tragédia. Não é por acaso que o programa marcou um de seus menores índices em todos os tempos, apesar da vice-liderança ter sido mantida, auxiliado pelas reprises do Pânico na Band e do Programa Silvio Santos.

A Record News mostrou mais boa vontade em se aprofundar no tema, mas as limitações técnicas atrapalharam os planos da emissora UHF. O primeiro boletim foi ao ar apenas com a narração da apresentadora Lidiane Shayuri e o logo do Alerta News na tela. Ao longo do dia, o canal chegou a levar ao ar imagens da Globo News (a "RN" retransmitiu o sinal da CNN, que utilizava as imagens da Globo News. Sim, eles recorreram a uma rede internacional para exibição de um fato ocorrido no Brasil).

Em meio aos deslizes no grupo Record, o SBT surpreendentemente teve uma cobertura digna de elogios. Todo o Domingo Legal foi dedicado ao assunto e até mesmo o programa Eliana, sempre exibido gravado, foi realizado excepcionalmente ao vivo em partes para se aprofundar no tema. Tanto Eliana quanto Celso Portiolli foram auxiliados por Marcelo Torres, que estava no estúdio dos boletins dos telejornais da emissora e pela base gaúcha do SBT. O canal ainda levou ao ar um plantão especial, também comandado por Marcelo Torres, entre o Programa Silvio Santos e o De Frente com Gabi.

Se Marcelo Torres foi o nome do dia no SBT, a Band dosou sua transmissão entre José Luiz Datena e Fábio Pannunzio. Esse comandou os boletins noturnos que antecederam e sucederam o Pânico na Band, enquanto o comandante do Brasil Urgente fez a transmissão inicial, que derrubou boa parte das pautas do Band Esporte Clube. A primeira informação levada ao ar na Band foi em conjunto com a Band News, numa tática já adotada na cobertura da morte do terrorista Osama Bin Laden. Essa estratégia permitiu que a rede fosse o segundo canal aberto a noticiar o tema. Dentre todos, a informação surgiu primeiramente na Globo News. O canal enviou os repórteres Márcio Campos e Eleonora Paschoal para Santa Maria.


E até mesmo a Rede TV informou seu (pequeno) público sobre o dia de horror em Santa Maria. Plantões do Rede TV News foram exibidos durante o dia e uma edição especial do telejornal foi comandada por Luciano Júnior a partir das 21h30. O canal paulista contou com o auxílio da TV Pampa, que possui base na cidade gaúcha, para realização da transmissão.

O expediente da Rede TV foi similar ao da TV Brasil. O canal público levou boletins ao ar em seus breaks e contou com uma edição extra do Repórter Brasil levada ao ar a partir das 18h.

Os detalhes sobre o incêndio na danceteria elevaram a audiência da TV aberta em 15%, segundo o colunista Daniel Castro.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Com Evaristo e Moré, Globo "renova" seus âncoras substitutos

Monopólio ou não, o peso da Globo é inegável na cultura brasileira. Apenas a emissora carioca tem o poder de tornar estreias de apresentadores eventuais no comando de programas um fato de interesse popular.


É exatamente isso que aconteceu com a estreia de Evaristo Costa no Jornal Nacional. Último dos apresentadores titulares da rede em atividade a apresentar o JN e um dos mais jovens comandantes em todos os tempos do telejornal mais assistido do Brasil, o antigo moço do tempo sempre atraiu mais atenção no Jornal Hoje pelo seu estilo divertido, em total sintonia com a parceira Sandra Annenberg. A leveza do telejornal vespertino chegava a suscitar dúvidas se o sucessor natural de William Bonner daria conta do recado em um formato mais sério. Dúvidas que caíram por terra nesse sábado. Tenso, mas firme, Evaristo não decepcionou. Inclusive, a repercussão positiva da novidade o levou para o ranking de assuntos mais comentados do Twitter. 

Por aparecer fixamente apenas para São Paulo (ele é o substituto imediato de Tiago Leifert no comando da edição paulista do Globo Esporte) e pela natural visibilidade menor do Esporte Espetacular em relação ao JN, a estreia de Ivan Moré como substituto eventual de Tande no EE não atraia tanta curiosidade, mas o destino quis que ela acabasse se tornando marcante. Ao lado de Glenda Kozlowski, Ivan narrou os primeiros passos da cobertura global no incêndio que atingiu uma boate em Santa Maria e deixou pelo menos 233 mortos. Com bem mais tempo ao vivo no ar que o esperado, os atropelos entre a dupla aconteceram com certa frequência, mas os bons serviços prestados por ambos ao longo de anos mostra que uma análise diante dessas circunstâncias seria cruel. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nova novela?

Novelas são obras abertas (pelo menos deveriam ser... Fica a dica para o SBT) e esse simples fato justificam que nem sempre cheguem ao fim como foram pensadas originalmente. As próprias emissoras realizam grupos de discussão para sentirem a opinião do público sobre as tramas. Segundo o jornal Extra, foi justamente desses grupos que veio a sentença dos telespectadores sobre a atual temporada de Malhação.


Quer dizer... Atual ou anterior? Foram tantas as mudanças realizadas que decidir o termo se torna uma missão complicada. A principal foi a saída do protagonista Dinho. O público não conseguiu perdoar o garoto depois dele ter causado brigas entre Lia e Ju (amigas que disputavam o amor dele). Bem que tentaram reaproximar elas, mas o atual público juvenil foi rancoroso e criou uma imagem negativa do personagem interpretado por Guilherme Prates. A solução para isso? Sumir com ele e todo o núcleo relacionado. Em 1 semana, o mundo conspirou a favor e o pai de Dinho recebeu uma proposta de emprego irrecusável em Miami enquanto o próprio ganhou a chance de explorar o mundo, algo por que sempre expressou desejo.

Mas claro que o coração de Lia não pode ficar vago... Para isso, entra um novo personagem misterioso na trama (Vitor), que já começou a flertar com a moça logo de cara. Junto com ele, surge seu irmão Sal, interpretado pelo ex-Rebelde Pedro Cassiano (curiosamente, a Globo recentemente também passou a contar com um ator saído de Rebelde em Lado a Lado. No caso da novela das 18h, o escolhido foi Thiago Amaral). 


Esse entra e sai acabou gerando até uma nova abertura para o folhetim, algo absolutamente incomum para o padrão global... Resta torcer para que um mínimo de coerência seja mantido ao longo dessas mudanças. Apesar de ainda tropeçar na audiência, a versão de Malhação que está no ar se revelou como uma grata surpresa ao dialogar diretamente com  o público jovem, como esse próprio blog já abordou. Não é por acaso que ela figura com mais frequência nos Trending Topics do que as tramas "principais" da Globo. 

Fatinha


Impossível citar Malhação sem destacar o extraordinário trabalho de Juliana Paiva como Fatinha. Em meio a um dos elencos mais fortes dos últimos anos (até o afastado Guilherme Prates superava os protagonistas anteriores em termos de atuação, tanto é que foi citada a rejeição apenas ao personagem), a jovem atriz mostra amplo potencial para se firmar em breve no primeiro escalão da dramaturgia global. Segura na medida certa, Juliana conseguiu dar uma cara especial a um tipo que se tornou frequente na telinha: a periguete. Foram dezenas que surgiram ao longo dos últimos anos, mas poucas tiveram uma cara tão própria quanto a Fatinha. 

Apenas uma composição extraordinária do personagem permite que ela dance esbanjando sensualidade em um clipe de funk enquanto idealiza um príncipe encantado e passou boa parte do tempo sendo virgem, mas escondendo isso de todos. 

Aliás, a transformação de supostas incoerências em linhas das personalidades dos personagens é um mérito quase generalizado da temporada, mas esse tema fica para outro post...