segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O mundo nas mãos delas


O final de semana não foi bom para os donos da casa. Depois do Raja Casablanca ser derrotado em pleno Marrocos pelo Mundial de clubes de futebol, a Sérvia viu a Arena de Belgrado lotada acompanhar um passeio adversário pelo Mundial de handebol feminino.

O passeio foi verde e amarelo. Depois de chegar nas quartas de final no Mundial passado, realizado em São Paulo, assim como nos Jogos Olímpicos de Londres, as meninas do handebol alcançaram um feito inédito só pela presença na final. Foi a primeira vez na história da modalidade. A segunda em que um time de fora da Europa conseguia tal façanha (antes, a vez foi da Coreia do Sul). Mas a nossa Seleção não ficou satisfeita "somente" com isso e foi para cima das sérvias. Afinal, se já havia vencido as europeias na primeira fase, qual seria o problema agora? 


No meio do caminho, já haviam surgido vitórias também contra equipes tradicionais, como Hungria e Dinamarca. Aliás, que vitória sobre a húngaras! Nas quartas de final, a tão esperada vaga entre as 4 finalistas veio somente após duas prorrogações. Depois dali, nossa equipe parecia mesmo predestinada ao local mais alto do pódio, quase como ocorreu com a do vôlei em Londres, após uma superação também épica nas quartas, mas naquela vez contra as russas. E a vitória contra a Dinamarca também guarda um certo lado curioso, já que nosso treinador é dinamarquês.

O Brasil, que tem Alexandra como melhor jogadora do planeta, viu a coroação de Duda no Mundial. E também a justa conquista individual de Babi como melhor goleira da competição. Substituta da histórica Chana, ela fez defesas memoráveis, até mesmo nessa grande final.


Vale lembrar que o Brasil tinha tido somente um modesto 15º lugar em 2009. Mas 4 anos foram suficientes para equipe que ninguém levava a sério chegar ao topo... E logo antes da Olimpíada no Rio. Alguém duvida de que nossas alegrias olímpicas no esportes coletivos agora irão além da tradicional dobradinha entre vôlei e futebol? 

Com todas as principais jogadoras atuando nas grandes ligas internacionais (o Brasil não possui uma fixa de handebol feminino), nossa equipe aprendeu direitinho a lição. Mais do que qualquer um poderia supor. E é assim que o esporte até então mais conhecido pelas aulas de educação física se torna orgulho de toda uma nação. 

Na TV

Prova de que o handebol tinha moral quase zerada no Brasil, o Esporte Interativo comprou os direitos de todos os Mundiais em 2009 sem nenhuma concorrência de SporTV ou ESPN, por exemplo. 

Azar do público que não tem acesso ao canal, indisponível na Net e na Sky, por exemplo. Apesar disso, o EI fez um show de transmissão. Com reportagens in loco e a vibração sensacional de André Henning, a cobertura mostrou bem a emoção de cada passo da conquista.


Na Globo, o Mundial ganhou destaque só com a vaga na final, quando rendeu nota na escalada do Jornal Nacional. Ontem, após o título, a primeira notícia sobre a conquista veio narrada por Fausto Silva durante o seu Domingão. Ele saudou o feito histórico e a conquista. Mas a Band noticiou o feito antes, durante Brasil x Chile pelo futebol feminino, jogo também conquistado pelo Brasil, que levou ainda a Copa das Nações de beach soccer mais cedo.

Com imagens cedidas pelo EI, o assunto voltou a entrar em pauta no Fantástico e até mesmo abriu a edição dessa segunda do Globo Esporte

Na internet

Com direito até mesmo a elogios da presente Dilma no Twitter, a conquista foi o assunto da tarde de domingo em toda a rede. Até mesmo nos portais sérvios, que lamentaram a derrota da equipe local. 


E a repercussão também ficou estampada nos jornais de todo o país nessa segunda. 


Para quem quiser (re)ver se arrepiar com a vibração pelo título, seguem alguns dos principais trechos do que aconteceu de mágico nesse 22 de dezembro de 2013:

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