domingo, 30 de setembro de 2012

Setembro de 2012 em retrospectiva: O mês em hashtags

1º - #missbrasil


Concurso elege a gaúcha Gabriela Markus como a mulher mais bonita do Brasil em 2012. Potiguar Kelly Fonseca fica em segundo lugar. Comandado por Adriane Galisteu e Sérgio Marone, o evento teve uma homenagem para Hebe Camargo, morta no mesmo dia em que ele foi realizado.

2º - #cheiasdecharme
3º - #plantãosbt
4º - #opinião
5º - #avenidabrasil
6º - #debatertv
7º - #de #jn
8º - #legendários #humordobem
9º - #romeuejulieta
10º - #fantástico

sábado, 29 de setembro de 2012

Uma novela cheia de charme

As Marias do Lar viraram Cheias de Charme. A mudança causou estranheza antes mesmo da estreia da novela, mas o tempo tratou de fazer justiça aos que atualizaram o título da trama. Maria da Penha, Maria do Rosário e Maria Aparecida foram muito mais que do lar. Foram do Brasil, do mundo... Mundo conectado pela internet, ferramente tão bem explorada no folhetim, como o próprio blog já observou.


Com um começo arrasador, Cheias de Charme fisgou o público, que não a largou mais. Começo tão arrasador que fez algumas fases intermadiárias, mesmo que superiores aos melhores momentos de algumas antecessoras soarem chatas. Quem tem Empreguetes, não queria caçar com Dra. Lígia. Sorte que esses momentos foram minoria. Um drama familiar dos mais clichês ficou mesmo perdido em uma trama marcada pela ousadia.

Ousadia no lançamento do clipe Vida de Empreguete, uma das cenas primordiais da história, ter sido feito primeiro na internet. Ousadia por ter insistido em um trio de protagonistas no horário, depois dos fracassos de Três Irmãs e Tempos Modernos. Ousadia ao apostar em longas cenas musicais, sendo que o gênero anda sem trazer bons números nem mesmo aos programas de auditórios.

Ousadia sim, revolução não. Cheias de Charme teve elementos que evoluíram o horário das 19h, mas não mudou a essência cômica da faixa. E outro trunfo dos estreantes Filipe Miguez e Izabel de Oliveira veio dessa dosagem.

Além das Marias

Se engana quem pensa que o trio de empregadas que virou hit pop não apenas na ficção "salvou" Cheias de Charme. A trama foi além disso. Como não citar Chayene e Socorro? Cláudia Abreu e Titina Medeiros formaram uma das duplas mais geniais da história recente. Tão necessárias uma para outra quanto Batman e Robin, a brabuleta e a curica divertiram o Brasil. Tanto é que o final delas não poderia ser outro: Voltaram a se unir.

Falando nos finais, apenas o retorno de Penha e Sandro decepcionou. Depois do malandro tanto aprontar, a nova chance deu ideia de que simplesmente se redimir pode passar uma borracha no passado.

Mas qualquer contratempo com esse casal certamente foi remediado pela genial cena de encerramento, que reuniu as Empreguetes, Chayene e Fabian cantando o tema da abertura, interpretado por Gaby Amarantos ao longo do folhetim.

A TV brasileira perde a sua rainha

Uma das figuras mais marcantes da história da televisão brasileira (e do Brasil em si, porque não?) morreu neste sábado aos 83 anos. Presente no meio de comunicação mais popular do Brasil desde a sua inauguração, Hebe Camargo marcou época com sua risada inconfundível, seus selinhos e seus bordões. De presidentes até estrelas pop, foram várias as figuras que passaram pelo sofá da Hebe. Sofá que vai ficar eternamente vazio. Afinal, Hebe é uma daquelas figuras que não tem sucessor. Foi única e sempre será.

Obviamente, todas as principais emissoras da nação dedicaram diversas homenagens a Hebe Camargo em suas coberturas (esse post será atualizado ao longo do dias para ficar completo).

Globo

A cobertura da emissora carioca começou direto na edição do Jornal Hoje. Não se sabe ao certo se a Globo resolveu adiar a divulgação da notícia para ser mais precisa ou apenas quis evitar um Plantão. Outras informações viriam apenas nas chamadas do JN e na própria edição do Jornal Nacional, que trouxe uma fraca cobertura. Sem características marcantes como trilha especial, data na escalada ou encerramento em silêncio, o principal telejornal do país foi criticado por essa certa frieza.

Durante o domingo, a Globo parece ter revisto seus planos e interrompeu o Esporte Espetacular para exibir ao vivo trechos do funeral de Hebe, com narração de Monalisa Perrone. No mesmo dia, o Domingão do Faustão foi alterado para ter um grande homenagem em seu bloco final e o Fantástico relembrou momentos marcantes da carreira da estrela.

A cobertura nos dias seguintes (como missa de 7º dia e inauguração de obras públicas com o nome da apresentadora) ficou restrita aos telejornais locais paulistanos. Na sexta, a despedida de Hebe foi destaque nas imagens da semana do Bom Dia Brasil.

A apresentadora também recebeu homenagens no Amor e Sexo, Vídeo Show, Encontro com Fátima Bernardes e Mais Você. O Altas Horas exibiu uma entrevista inédita com Hebe.

Na Globo News, além da extensa cobertura iniciada assim que a informação se tornou pública, houve uma edição especial do Arquivo N.

Record

A Record informou sobre a morte de Hebe em um Plantão com Reinaldo Gottino e ignorou o tema durante o resto do dia, voltando ao assunto apenas na edição do Jornal da Record, criticada por dar muito espaço a temas secundários, como o lançamento do novo livro de Edir Macedo, em detrimento da notícia mais importante do dia.

Pela manhã do domingo, foi exibida uma longa edição especial do Fala Brasil sob o comando de Thalita Oliveira e Eduardo Ribeiro. Entre 8h e 12h30, os jornalistas narraram o sepultamento de Hebe ao vivo e mostraram a repercussão da despedida.

A Record News levou uma edição especial do Hora News durante boa parte da tarde de sábado, sendo interrompida apenas para exibição de programação da Igreja Universal, e continuou se dedicando ao tema durante o velório e o enterro.

SBT

Emissora em que Hebe ficou durante grande parte da sua trajetória profissional e de que ela morreu contratada.