sábado, 31 de março de 2012

A leve melhora do Casseta em seu retorno


O Casseta e Planeta voltou ao ar com várias melhorias, mas não justificou o longo tempo longe das telinhas de tão sutis que essas melhorias foram.

O formato ganhou ritmo ao focar em apenas um assunto por edição, mas exagerou nesse ganho de ritmo por causa da menor duração da segunda linha de shows da Globo (horário que passou a ocupar).

Dentre as novas integrantes, praticamente ignoradas no processo de divulgação do retorno, deu o óbvio. Miá Mello fez praticamente uma cópia da Teena, papel que desempenhava de forma excelente no Legendários. Pena que com menos tempo. A conversa com Marcelo Serrado poderia ter sido mais interessante se menos apressada. Maria Melilo não chegou a ser uma tragédia, mas ainda tem um longo caminho para trilhar.

No elenco masculino, Gustavo Mendes seguiu digno de elogios com sua imitação da presidenta Dilma, que já se mostrava ótima desde a época em que era exibida em um blog.

É aguardar para ver se essa renovação ficará apenas aparente ou será aprofundada ao longo da temporada.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Vitória de Fael não mostra retrocesso do público do Big Brother

Para quem não acompanhou o reality, até que o retorno do grande prêmio para as mãos do cowboy ingênuo poderia ser visto como uma volta ao pensamento passado do telespectador do Big Brother Brasil. Sorte que as circunstâncias do jogo apontam que o caminho não foi bem esse.

Depois de várias tentativas frustradas de dividir a casa com muros, punições apra determinados participantes e outras milaborantes e válidas estratégias, Boninho viu essa ruptura ocorrer naturalmente. Apenas o ego da Selva causou a divisão. Como reação em busca de proteção, foi formada a Praia. Os nomes de batismo dos grupos se derivam da decoração dos quartos ocupados por seus integrantes

A Selva fez uma boa estratégia para o início do programa, mas se esqueceu de que a decisão final sempre vai ser do público. O grupo tinha a maioria dos votos, mas acabou sendo totalmente eliminado e com alta rejeição em alguns casos. Casos de Laisa (88%) e Rafa (92%). A estratégia dos jogadores poderia os render bons frutos em programas com decisões internas, como a versão americana do Big Brother. Só que o brasileiro está acostumado com os vilões e mocinhos das novelas. A divisão feita nos realitys é exatamente essa. Se a Selva tivesse alcançado apoio popular, não seria pela compreensão de que um jogo se passa dentro da casa e algumas coisas que não são válidas na "vida real" seriam compreensíveis dentro dele. Seria pela identificação e vontade de copiar as atitudes feitas em qualquer situação. E isso sim seria preocupante.


Dentro da Praia, a vitória de Fael também seria justa. Jakeline e João Maurício poderiam ter chegado bem mais longe, mas acabaram prejudicados pela reação tardia dos praianos que colocou membros do grupo em confronto direto. Considerando apenas o quarteto finalista (Jonas, Fabiana, Kelly e Fael), a vitória de Fael soa igualmente justa. Tudo bem que a vitória dos outros não chegaria a ser injusta, só que Jonas se arriscou demais ao se envolver em vários romances na casa. Se Renata foi julgada por isso, a mesma lógica vale para o modelo; Fabi vinha muito bem e teria tido mais chances, não fosse o aparente surto de stress na reta final e Kelly foi praticamente uma planta de tão pouco que fez na casa. Fael chegou perto disso, mas foi salvo pelos flertes com Fabiana num enredo digno de novela mexicana da década de 80 e a ficada com a espanhola Noemí.

A edição do suposto estupro

Apesar de todo o desenvolvimento do jogo, o grande destaque do BBB12 ficou por conta do suposto estupro logo no início do reality. Depois de toda a polêmica que dominou a mídia brasileira, Monique inocentou Daniel completamente após a sua saída da casa  e o processo foi arquivado. O modelo agora tenta reconstruir sua imagem, com participações em programas globais, como o Mais Você e a própria final o Big Brother. Apesar dessa ajudinha na Globo na tentativa de alavancar positivamente a sua carreira, a emissora deve ser processada pelo participante expulso.

domingo, 25 de março de 2012

Globo capricha nas homenagens ao mestre Chico Anysio

A Globo não é muito adepta de fazer alterações em sua grade de programação para fazer homenagens e costuma as resumir ao jornalismo, mas está abrindo uma justa exceção para Chico Anysio.

Além da exibição já feita do especial Chico e Amigos, a TV ainda está veiculando uma versão especial do "plim plim" em seus comerciais e ainda criou uma vinheta especial para os boletins sobre seus funerais, em substituição ao Plantão, utilizado apenas na veiculaçãod a notícia do óbito em si.

A repercussão positiva dessas alterações mesmo após Chico ter passado anos na geladeira rendeu a decisão da reapresentação especial da Escolinha do Profesor Raimundo. As reprises acontecerão ao longo da semana (segunda a sexta) no ingrato horário das 11h30. Devem render bons números, principalmente levando em conta que a TV Globinho costuma sofrer com a concorrência de Record e SBT na faixa.

Fina Estampa pode ser considerada a melhor pior novela das 21h nos últimos tempos

Sucesso de audiência, não tanto de crítica. Situações que são raras para o principal horário da dramaturgia global, mas que estiveram presentes ao longo de Fina Estampa.

 

Com um enredo extremamente popular, já característico do autor Aguinaldo Silva, a novela por vários momentos chegou a parecer um remendo de muitas outras produções. Mesmo com as inúmeras e divertidas citações, conseguiu ganhar uma cara própria e divertir o Brasil.

O capítulo final deixou bem evidente esse tom quase de brincadeira que foi a marca do folhetim. Estereótipos estiveram presentes aos montes, como na vilã louca e que sempre via seus planos naufragarem na última hora, no homossexual afetado, na trabalhadora mãezona totalmente do bem... Quem não deu risadas, apesar da face trash desses personagens? Características que estamos mais acostumados em tramas das 19h e mexicanas, mas que funcionaram bem no principal horário da dramaturgia brasileiro. Prova disso são os 3 pontos a mais na média geral em relação ao que Insensato Coração marcou.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Os erros do Jornal da Record

A equipe do Jornal da Record anda precisando achar o tom ideal para liberação do áudio ao público. Ontem, Ana Paula Padrão e Celso Freitas acabaram falando demais e não perceberam (ou não foram avisados) que o telejornal tinha voltado do break.



Já hoje, a produção deve ter se traumatizado e cortou o áudio mesmo enquanto os apresentadores aparentemente falavam o programado.



Essa situação de hoje foi bem parecida com o que aconteceu domingo com Zeca Camargo no encerramento do Fantástico. Em uma das gafes mais épicas da TV brasileira (e que você provavelmente já deve ter visto), o apresentador Zeca Camargo foi "brutalmente" cortado pela trilha sonora da atração. Paulo Barros não deve ter ficado nada feliz com isso.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ricardo Teixeira deixa a presidência da CBF. Leia a carta de renúncia

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Ser presidente da CBF durante todos esses anos representou na minha vida uma experiência mágica. O futebol, no Brasil, é mais que esporte, mais que competição. É a paixão que envolve, é o sofrimento que alegra, é a fidelidade que unifica.

Por essas razões, pensei muito na decisão que ora comunico e pensei muito no que dizer sobre minha decisão.

Presidir paixões não é tarefa fácil. Futebol em nosso país é sempre automaticamente associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, despertou o talento. Quando perdemos, imperou a desorganização.

Fiz, nestes anos, o que estava ao meu alcance, sacrificando a saúde, renunciando ao insubstituível convívio familiar. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias. Mas isso é muito pouco, pois tive a honra de administrar não somente a Confederação de Futebol mais vencedora do mundo, mas também o que o ser humano tem de mais humano: seus sonhos, seu orgulho, seu sentimento de pertencer a uma grande torcida, que se confunde com o país.

Ao trazer a Copa de 2014, o Brasil conquistou o privilégio de sediar o maior e mais assistido evento do mundo, se inseriu na pauta mundial, alavancou mais a economia e aumentou o orgulho de todo o povo brasileiro.

Tentei, no limite das minhas forças, organizar os talentos. Nas minhas gestões, criamos os campeonatos de pontos corridos e a Copa do Brasil, aumentamos substancialmente as rendas do futebol brasileiro, desenvolvemos o marketing e, principalmente, vencemos.

Hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação do dever cumprido. Não há sequência de ataques injustos que se rivalizem à felicidade de ver, no rosto dos brasileiros, a alegria da conquista de mais de 100 títulos, entre os quais duas Copas do Mundo, cinco Copas América e três Copas das Confederações. Nada maculará o que foi construído com sacrifício, renúncia e dor.

A mesma paixão que empolga, consome. A injustiça generalizada, machuca. O espírito é forte, mas o corpo paga a conta. Me exige agora cuidar da saúde.

Em obediência ao estatuto da CBF, mais precisamente ao disposto em seu artigo 37, você, meu vice-presidente e ex-governador de São Paulo, José Maria Marin, passa a presidir a CBF. A você, desejo sorte, para que o talento se revele na hora certa; discernimento, para que o futebol brasileiro siga cada vez mais organizado e respeitado; e força, para enfrentar as dificuldades que certamente virão.

Deixo a CBF, mas não deixo a paixão pelo futebol. Até por isso, a partir de hoje e sempre que necessário, coloco-me à disposição da entidade. Reúno-me com mais força à minha família, que entendeu minha missão, apoiou-me sempre e me faz ainda mais feliz.

Agradeço de maneira especial aos presidentes de clubes e das federações estaduais, aos dirigentes e colaboradores da CBF, amigos leais em quem sempre encontrei apoio incondicional para o desempenho de meu trabalho.

À torcida brasileira, meu muito obrigado. Nunca me esquecerei das taças sendo erguidas. Elas estão no coração de cada um de nós. Elas são um pedaço do Brasil.

Ricardo Terra Teixeira

terça-feira, 6 de março de 2012

Chute no traseiro

Em francês, inglês, português... Seja lá qual for a língua em que foi dita, a declaração de Jérôme Valcke serviu para mostrar como a relação entre o Brasil e a Fifa não anda nada amistosa. Isso com a Copa das Confederações acontecendo já no ano que vem. Será que a (falta de) amizade nas relações oficiais pode comprometer ainda mais as já atrasadas obras para o Mundial de 2014? Aguardemos as próximas declarações e chutes...

Globo e Record adiantam suas novidades para 2012

Passado o Carnaval, eis que 2012 começa oficialmente para TV brasileira. Mesmo com vários lançamentos nos primeiros meses do ano, só agora que as duas principais redes do país anunciaram o que pretendem levar ao ar durante o resto do ano. A Record em forma de chamadão dentro do Domingo Espetacular, enquanto a Globo promoveu uma festa no Via Funchal (São Paulo).

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A emissora de Edir Macedo focou completamente nas Olimpíadas de Londres. Com uma chamada bem menos imponente que nos anos anteriores, o destaque ficou mesmo para o maior evento esportivo do planeta que terá transmissão exclusiva em TV aberta pelo canal. A grande surpresa ficou pelo anúncio de uma versão infantil do Ídolos. Outra revelação inesperada é que Ana Hickmann ganhará um reality fora do Tudo é Possível, aparentemente uma nova versão do já feito em sua casa e que revelou Jociane Koch como repórter do dominical. A dramaturgia marcou presença com a visivelmente bem feita série policial Fora de Controle. Quanto as novelas Máscaras e Rebelde (2ª temporada), não houve nenhuma grande impressão que se destacasse dentro do que já vem sendo noticiado pela mídia especializada.


Nota oficial da Globo sobre as novidades para 2012
Nota oficial da Record sobre as novidades para 2012

Já na Globo, o que não foi dito é que se tornou destaque. Fátima Bernardes participou do evento promovido pelo canal, mas não entrou em detalhes sobre seu programa enquanto estava no palco. Horas depois, não houve como o diretor geral Octávio Florisbal fugir dos questionamentos. Segundo o jornal O Globo, o chefão confirmou a possibilidade da atração contar com auditório, algo que já havia sido adiantado por Fausto Silva. Além do já badalado espaço de Fátima, outro que garantiu sua vaguinha própria na grade foi Pedro Bial. Tudo indica que o sonhado projeto do apresentador de Big Brother de comandar uma atração sobre atualidades saia do papel no 2° semestre. A carreira de Bial nos leva a crer que vem coisa boa por aí, resta saber se vão conseguir transformar um projeto visivelmente cult em atrativo para classe C. Classe C que estará bem representada em Cheias de Charme, próxima novela das 7. Com a história central girando em torno de três empregadas domésticas, a trama parece ser brega e popular em escala extrema. Fórmula que já vem dando bem certo em Fina Estampa. Aliás, a sucessora de Fina Estampa aparenta fugir um pouco do contexto. O pouco revelado de Avenida Brasil lembra a história mais sombria de A Favorita.

Dentre as novidades, estava o Casseta e Planeta (sim, dentre as novidades!). Batizado de Casseta e Planeta Vai Fundo, o humorístico recebeu a ingrata faixa depois do Globo Repórter e aposta boas fichas nas novas musas Maria Melilo e Miá Mello.

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Também foi apresentado o sucessor do João Sorrisão, o novo e ainda sem nome mascote dos esportivos globais. O robô tem formato de bola e pode assumir vários formatos (seria ele um mutante do Tiago Santiago?) dependendo do esporte que esteja sendo citado.