Vitória de Maria mostra novo pensamento do brasileiro

Como tantos outros blogueiros, pensei em escrever uma crítica sobre a final do BBB11 e a vitória de Maria. Mas veio do G1 a mais perfeita delas que irei reproduzir aqui. Sim, o G1 também escreve críticas (no caso, a Dolores Orosco). De vez em nunca, mas com perfeição. O texto retrata bem que por trás da vitória de Maria, existem muitos outros participantes que ajudaram a quebrar tabus no reality mais popular da TV Brasileira.

 

Maria: 43% dos votos na final renderam prêmio de 1,5 milhão

A vitória da Maria Melilo no Big Brother Brasil 11 na noite de terça-feira deu fim à supremacia masculina no reality show. Diferente de temporadas anteriores, bonitões musculosos e extrovertidos que se julgavam bons jogadores não tiveram vez. Com essa turma, o público foi implacável.

E olha que nesta edição o que não faltou foram releituras de brothers campeões. Difícil não comparar as condutas de Diogo gago, MauMau e Rodrigão com as trajetórias vitoriosas de Diego Alemão, Max Porto ou Marcelo Dourado no passado.

Os campeões de outrora já aportavam na casa do reality show com uma carga tão grande de autoconfiança, que coagiam seus concorrentes. Diante deles, aos outros brothers da disputa restava se tornar aliado (agindo como amigo de décadas) ou adversário (abraçando assim o rótulo de vilão).

Sorte desses antigos vitoriosos não ter encontrado pelo caminho Natália, Talula, Diana, Daniel e Maria. Cada um a seu modo ajudou o público a perceber que estava ficando chato premiar sempre o mesmo perfil de competidor: o ogro de bom coração. Foi o fim da supremacia dos Shreks e enfim, a vingança dos derrotados.

Os três patetas

 

 Trio achou que tinha o amor do Brasil, mas errou brutalmente

Ao final do primeiro mês de BBB 11, Diogo, Mau Mau e Rodrigão já se julgavam finalistas. Em conversas particulares, os rapazes sonhavam alto com o momento em que só os três estivessem no confinamento – o que significava faturar os prêmios de R$ 50 mil, R$ 100 mil e R$ 1,5 milhão.

A primeira a se dar conta da tal postura foi Natália. Determinada e de poucos sorrisos, a moça fez os marmanjões comerem poeira em provas de resistência e logo ficou claro que na disputa que ela estava no lado oposto ao dos fortões.

 

 Diana, Natália, Daniel e Talula:

Eles não venceram, mas tiveram papel essencial na construção da vitória de Maria

Foi Natália quem indicou Mau Mau para o paredão que o eliminou – pela primeira vez. O rapaz voltou ao programa após ser escolhido pelo público em uma casa de vidro com ex-participantes. Mas nada que significasse favoritismo, como o trio logo conclui sem modéstia alguma.

O espectador queria mesmo era ver Mau Mau dar um flagra em Maria, a namoradinha do brother na casa, que aquela altura estava aos flertes com um novo participante, Wesley.

O flagra aconteceu e o que se viu na sequência foi um espetáculo triste e machista. Com a ajuda de Diogo e Rodrigão, Mau Mau passou a julgar e tratar Maria como a última das pecadoras. E não bastavam os pedidos de perdão que a morena declarava aos pratos pela não-traição.

Diana – a loira moderninha, que distribuiu beijos com gosto de leite condensado nos meninos e meninas da casa – foi a primeira a se escandalizar com o teatro misógino dos fortões. E incentivava Maria a concretizar seu flerte com Wesley, já que num programa de TV ninguém vai casar mesmo, é só pegação, dizia ela.

O olhar debochado de Diana contribuiu para que o público não caísse no ridículo jogo de conservadorismo armado pelo trio. Maria não era Madalena. Era apenas uma moça solteira participando de um reality show. Amor eterno e cinco minutos de fama - uma combinação fadada ao fracasso.

Se Diana deu fim ao número de Romeu arrependido de MauMau, foi Talula quem alertou o resto da casa sobre o clima de já ganhou dos fortões. Mostrou ao resto dos participantes que se o trio não fosse desmanchado, seriam eles os eliminados.


Talula ganhou aliados – mas também perdeu. Jaqueline e Paula, por exemplo, preferiram seguir o caminho seguro e se aliar aos ogros. Afinal, eles costumam sair ganhadores do BBB não é mesmo?

Daniel comprou a ideia da colega. Esperto que é, pois ele mesmo não se encaixa no perfil dos fortões que costumam vencer o programa.


Com a sorte a seu favor, Daniel ganhou lideranças e atendeu ao Big Fone. Despachou em paredões Diogo e MauMau, que naquele momento já haviam esgotado a paciência do público, como demonstrou a alta porcentagem de votos.

Rodrigão, o favorito na disputa desde o início, foi o que mais se aproximou da final. Chegou a ficar entre os cinco, ao lado de Wesley, Maria, Daniel e Diana.

Teria sido interessante ver Diana na grande final. Mas o público apostou no bom mocismo de Wesley, o vice-campeão. Sim, o público ainda preserva parte de sua postura conservadora.

Mas muita coisa mudou. Maria está longe do padrão das mulheres que já venceram o BBB. Não é a moça pobre, semi-alfabetizada que sofreu muito na vida. Escandalosa e abobalhada, venceu porque se divertiu até dar vexame. E divertiu também o "grande irmão" que no fim das contas, é o próprio espectador.

Texto com adaptações em relação ao original

BBB11 chega ao fim com disputa morna

Último dia de Big Brother Brasil 11. Novamente, o programa fecha com a menor média geral e com o maior faturamento da história. Caminhos distintos, mas que vem se encontrando seguidamente ao final de cada edição. Mas isso interessa somente para Globo, então partamos ao que interessa.

 

Pedro Bial apresenta o Big Brother Brasil

Quando o elenco foi divulgado pela Globo.com, vários BBBólogos afirmaram que havia um enorme potencial barraqueiro. Provavelmente até o Boninho achou isso, mas o que aconteceu foi praticamente o oposto. A grande surpresa da edição foi eliminada logo na primeira semana, a cabeleireira Ariadna mal teve tempo de explicar seu segredo (se você esteve fora do mundo nos últimos 3 meses, o segredo da Ariadna é que ela é transexual) e foi despachada pelo público.

Outra novidade do início da edição que não vingou foi a criação do sabotador. Os participantes descobriram que quem cumprisse a missão ganharia 10 mil reais e combinaram de facilitar as sabotagens. É óbvio que Big Boss não aceitou issso.

 

O RoBBBô sabotador: Novidade não emplacou

Sabotador que, aliás, foi importado diretamente do Big Brother US. A versão americana do Big Brother foi "copiada" diversas vezes através das mais diferentes provas e da Caixa de Pandora, surpresa que nos EUA oferecia imunidades e lideranças e no Brasil se limitou a merchan de uma marca de sorvetes. Advinhem quem esteve rindo de todos? Mr. Bones. Ao ser confrontado com as constações de cópia do BBUS, ele tratou de dizer que sempre copiou o reality da terra do Tio Sam, o público é que nunca tinha notado isso.

E por falar em novidades da reta inicial do programa, uma das poucas que ainda reservou bons desdobramentos foi a divisão de casas entre os grupos por cor (Laranja, Verde, Azul e Amarelo) e por casas (Lado A e Lado B).

Na segunda semana, foi a vez de Maurício ser eliminado. Na época ele ainda não era MauMau nem tinha o ódio do público. A disputa entre ele e o insuportável Diogo foi apertada. Semanas depois, brechas no jogo permitiram sua volta.

Logo em seguida, a audiência entrou em declínio constante e foi criado o paredão quádruplo. Vazaram Rodrigo e Michelly. Por sinal, nenhum dos dois fez grande falta ao jogo. Rodrigo será lembrado apenas pelo affair com Talula enquanto Michelly foi considerada pelo próprio Pedro Bial como a grande decepção do programa. Em substituição aos eliminados em paredão surpresa, entraram os novos participantes Adriana e Wesley.

Depois, foi a vez de Igor sair da berlinda. Para quem não se lembra dele, era a pessoa insuportável que repetia "tá ligado?" em todas as suas frases. Aquele típico ex-BBB que não vai render nem notinha no Ego.

1 dia depois da saída de Igor, já começa a montagem da casa de vidro em um shopping carioca. Nessa edição, a big bolha resgataria um dos participantes já eliminados para o jogo. Foram muitas campanhas na internet pedindo a volta de Ariadna, mas a tensão em ver um barraco envolvendo o triângulo amoroso Maria, Wesley e Maurício fez com que esse último retornasse a disputa pelo prêmio de R$1,5 milhão.

Na sequência, Cristiano rodou do jogo com a maior rejeição da temporada: 78%. Ele até que tentou agitar o jogo e causou um pouco nas festas, mas bateu de frente com o então favorito das pré-adolescentes Capricho, Rodrigão.

E seguindo a sequência mais um pouco, veio a eliminação de Lucival. O participante pouco causou e praticamente só aparecia na edição por seu veneno destilando fofocas contra os demais participantes ao lado de Daniel.

Após a saída da Lucival (fazer esse início de parágrafo várias vezes sem repetir a mesma frase não é fácil, hein), veio o adeus de Natália. A sister que atingiu o status de favorita, foi despejada pelo público. Natália fugia a todos os estereótipos de mulherzinha e mostrou ao Brasil o que é uma mulher-alfa. Ela morou por diversos anos nos EUA e era investigadora da Polícia Americana, o que lhe motivou o apelido de CSI. Sua rejeição se deu por margem apertada (54%), sendo que um fator essencial para sua saída foi ter falado mal do cantor Luan Santana durante o jogo. A tal família Luan Santana votou compulsivamente para eliminação da sister.

Se Natália representou a mulher moderna, Adriana fez exatamente ao contrário. Largou tudo para viver um romance com Rodrigão que acabou a abandonando depois de algumas ficadas.

Foram 4 eliminações comuns, mas a direção do reality voltou a mudar na semana seguinte a saída de Adriana. Paredão triplo onde dois participantes sairiam. Os eliminados foram Diogo, um dos participantes mais desprezíveis, odiáveis, insuportáveis, nojentos, sórdidos e alguns adjetivos de baixo calão que não posso citar nesse site de família da história do Big Brother Brasil. Em sua aliança com MauMau e Rodrigão, Diogo se achou acima do bem e do mal desferindo ofensas a outros participantes que considerava inferiores. Quem também saiu nesse Paredão foi Janaína, que cumpriu perfeitamente a sua missão de decorar a casa como uma bela samambaia.

Coladinha com a saída de Diogo e Janaína, veio a despedida de Tadilmalula (desculpa, não resisti). Ela foi uma das participantes mais ativas do jogo sempre mesclando uma dose de veneno com seu excelente senso do jogo. Várias coisas que seriam imprevisíveis para os confinados, eram compreendidas rapidamente por Talula. Infelizmente, ela acabou sendo taxada de vilã e deixou a casa com 61% dos votos.

63%: Esse é o número que irá perseguir as 3 próximas eliminações. Maurício, Jaqueline e Paula deixaram o BBB com essa porcentagem (detalhe de que eram paredões triplos). MauMau mudou completamente depois de seu retorno, jurando que tinha voltado pelo amor que o Brasil tinha a ele e não pela expectativa de barraco. Jaqueline foi até longe no jogo sem fazer quase nada, saiu com rejeição tão alta por se unir com a "liga do mal". Paula conseguiu ir até a reta final porque ninguém votava nela com medo de ser taxado como autor de bullying, fazia a linha "amo todo mundo", mas tinha uma falsidade extrema.

Agora chegamos aos 5 finalistas! E para felicidade geral da nação, o primeiro deles a vazar foi Rodrigão. O miss que começou como planta e depois se tornou um jogador de peso na competição teve sua presença marcada principalmente pelo romance implícito extremo laço de amizade criado com Diogo e MauMau (esses 2 já foram devidamente xingados parágrafos atrás).

Com a saída de Rodrigão, o BBB11 ganhou a certeza de ter um vencedor bem mais digno que o BBB10 ou o BBB9 onde Marcelo Dourado e Max Porto se sagraram como grandes campeões. Restaram Diana, Maria, Daniel e Wesley.

 

Diana Balsini: Em minha modesta opinião, a campeã moral desse BBB

No Paredão seguinte, a nação é dominada por um só sentimento. Mas de decepção. A diva Diana deixa o jogo numa berlinda contra o casal Maria e Wesley. Diana marcou sua trajetória no jogo pela autenticidade e inteligência. No meio do reality, o baque da saída de Natália pareceu que ia atrapalhar sua estratégia, mas depois de alguns dias de lágrimas ela prontamente se recuperou. A sister não se uniu a nenhum grupo em específico e ficou flutuando entre as fragmentadas partes da casa, o que a levou para muitos Paredões. Ela saiu da casa sem ter sido líder nenhuma vez nem ter ganhado algum prêmio relevante, mas conquistou o coração de muitos fãs que admiraram sua postura e seu estilo.

Com a lamentável e trágica saída de Di, foi formada a grande final do jogo que terá seu desfecho dentro de alguns minutos.

MARIA
Meg Melilo é o nome "artístico" da sister que conquistou sua torcida com um jeito ingênuo e com toques de burrice. Uma espécie de nova Íris. Se envolveu com MauMau que depois rejeitou suas súplicas por retorno e a ignorou, o que a fez partir para os braços do doutor Wesley. Fora da casa, rondam boatos de que ela estaria envolvida com prostituição. Até mesmo a ex-sister Ariadna chegou a fazer essa ligação durante a casa de vidro, mas na última semana ela pediu desculpas pela declaração.

DANIEL
Daniel começou o jogo sem grande destaque. Na verdade, ele tinha apego apenas com Lucival; mas depois de algumas bebidas o brother literalmente soltou a franga fazendo danças loucas, tendo alguns surtos, chegando até mesmo a se masturbar abertamente no meio de uma festa. Ficará marcado na história do BBB como o "louco do coqueiro".

WESLEY
Por ter chegado depois, acabou ficando um tanto quanto sem função em seus primeiros dias na casa. Para ser mais aceito, passou logo a disparar flertes para Maria. Só que quando o romance começou a engatar, veio MauMau para atrapalhar tudo. Sorte dele que Luiz Mauricio rejeitou os encantos de Maria e logo o romance estava novamente armado. Foi para vários Paredões, mas fazendo papel de coadjuvante na maioria (nas disputas triplas, geralmente a briga para valer acontece apenas entre 2 participantes).

E aí? Quem será o campeão? As pesquisas indicam que tudo pode acontecer, mas Maria e Wesley largam na frente de Daniel. Isso se concretizará? Fiquemos ligados na TV para acompanhar.

Em off: No dia da estreia do BBB11, começaram as chuvas na Região Serrana do Rio que culminariam na maior tragédia do Brasil. No dia do encerramento, o país foi surpreendido pela notícia da morte do ex-vice presidente José Alencar. Coincidência?

Tititi: A mais completa novela das 7 do século

@lucasfelix

Tititi chegou ao fim nessa sexta-feira e o Brasil chora compulsivamente o desfecho da mais completa trama do horário das 7 nos últimos anos. O humor empolgante com a marca do diretor Jorge Fernando devidamente unido aos dramas e triângulos amorosos. Nem um show de humor como Caras & Bocas, mas um produto com a cara do horário. Bem diferente de modelos mal sucedidos, como aconteceu com a antecessora Tempos Modernos.

 

Jaqueline Maldonado roubou a cena. Com suas loucuras, a personagem foi ponto alto de Tititi

O destaque da trama? Difícil apontar um em específico, mas ficar em cima do muro não é nada digno. Aposto na interpretação de Cláudia Raia como Jaqueline Maldonado sem medo de errar. Ela foi a dona da novela. Uma personagem que no início levantou dúvidas se não ia exagerar na caricatura, mas conseguiu se compor de maneira perfeita. Exageros apenas no momento em que eram necessários. Outra personagem que tinha uma vertente tendendo para o esterotipismo foi Camila Bianchi, interpretada por Maria Helena Chira. Alexandre Borges, o Jacques Leclair, não obeteve tanto êxito quanto as duas mas conseguiu ir muito bem nas cenas mais essenciais.

Dira Paes mostrou sua versatilidade. Após fazer Solineuza em A Diarista e Norminha em Caminho das Índias, ela voltou a atuar perfeitamente como Marta. Murilo Benício, Christiane Torloni, Juliana Alves, Fernanda Souza, André Arteche, Mônica Martelli, Clara Tiezzi, Guilhermine Guinle e tantos outros que alongariam ainda mais esse post se fossem devidamente citados.


A novela dos triângulos amorosos

Caio Castro e Ísis Valverde interpretaram o principal casal da trama

Luti, Val e Camila. Ariclenes, Suzana e Marta. Jacques, Jaqueline e Clotilde. Marcela, Edgar e Renato. Desiree, Armandinho e Jorgito... O remake de Tititi apostou alto nos triângulos amorosos. Mas a história de Cassiano Gabus Mendes reescrita por Maria Adelaide Amaral esteve tão bem feita que não deu para notar o uso desse artifício acompanhando o folhetim. Os "casais" conseguiram envolver o público. Há tempos, que nenhuma novela das 9, conseguia emplacar tanta tensão popular em torno de um trio como Marcela, Edgar e Renato. No final, o casal que tinha a torcida levemente maior foi formado. O mesmo aconteceu com Camila e Luti. Como não poderia deixar de ser em úm último capítulo, os rejeitados, Renato e Val conseguiram encontrar novos amores. A única surpresa ficou por conta do desfecho de Ariclenes que terminou com Marta e não com Susana. Tudo bem que a ex que o empurrou, mas a lógica passou longe disso.


O sucesso em números

Titit fechou com média geral de 30 pontos. Sucesso absoluto para faixa. Em várias situações, ela ainda superou Insensato Coração. No último capítulo, 36 pontos de média e 40 de pico. Números aparentemente fracos para um desfecho, mas o share não facilitou. A novela conseguiu esse índice "comum" tendo 57% das TVs sintonizadas nela. Os dados do Rio ainda não foram divulgados, mas no antepenúltimo e penúltimo capítulo já tinha alcançado 40 pontos de média na capital fluminense.



Fica aqui o registro de uma das raras novelas que conseguem ser excelentes do início ao fim. Muita coisa deixou de ser citada, mas o conjunto é o que formou o estouro que foi Tititi. Agora, só nos resta torcer para que a Globo resolva a colocar logo no Vale a Pena Ver de Novo. Torçamos.

A polêmica envolvendo a reprise de Rebelde

 

Record faz divulgação pesada da versão brasileira de Rebelde

O quão louco o SBT (leia-se Silvio Santos) teria de ser para voltar a exibir a versão mexicana de Rebelde em sua programação exatamente no mesmo dia em que a Record vai estrear a versão nacional da trama? Muito. Mas se tratando de Senor Abravanel e de suas jogadas no comando da "TV mais feliz do Brasil", qualquer loucura é mínima.

Se confirmada, a estratégia não acrescentaria muita audiência ao SBT. A exibição original da novela conseguiu índices expressivos e arrebatou uma legião de fãs, mas isso numa época onde toda a programação do canal obtia resultados bem melhores. E esses números vinham com uma única Rebelde disponível ao telespectador. E agora, com a rede em crise e com um produto extremamente similar no ar ao mesmo tempo? Podemos esperar um flop. Provavelmente, o próprio SBT também espera um flop. O único objetivo da investida seria fazer a Record também flopar. A Globo e sua aparentemente péssima Morde & Assopra seria a única a lucrar com a história. Sem fazer um mísero movimento, a emissora da família Marinho veria toda a mega divulgada e menina dos olhos da Record ruir.

Claro que a Record e a Televisa iam questionar a legalidade da reprise. Assim como Benedito Ruy Barbosa fez com Pantanal e a Globo fez com a Casa dos Artistas. Mas até a guerra judicial chegar ao fim, provavelmente a exibição do folhetim já teria chegado ao fim. Para se ter uma ideia, a ilegalidade da transmissão da Casa dos Artistas só foi decretada no ano passado.

Em tempo

Toda a polêmica surgiu na última sexta-feira o SBT gerou uma chamada comercial de Rebelde anunciando a volta da novela para março (ou seja, possibilidade zero de ser uma chamada antiga). O SBT através do seu diretor piada Murilo Fraga disse que a geração da chamada foi um mero engano. Mas a produção e até mesmo a locução da chamada pelo narrador oficial do SBT também foram feitas por engano? A conferir o que a emissora vai preparar para o próximo dia 21.

8.9: As imagens do maior terremoto da história do Japão