terça-feira, 5 de novembro de 2013

The Life of Emile Zola: um filme literalmente acima da média


Se os jovens de hoje sonham em alçarem ao estrelato através de canais no YouTube, Emile Zola conseguiu esse feito apenas pela literatura. The Life of Emile Zola retrata parte dessa trajetória do consagrado escritor francês, mas que antes desfilou por uma série de cargos irrelevantes em escritórios, com destaque especial ao seu envolvimento no caso Dreyfus, escândalo que dividiu a França ao final do século XIX.

O escritor francês Emile Zola é representando nesse filme por Paul Muni, que já havia sido indicado ao Oscar oito anos antes de sua realização, repetindo o feito por essa obra, além de ter sido indicado outras 4 vezes, ganhando apenas em 1937 pela sua representação de Louis Pasteur. Sem ter visto os demais indicados do ano, é complicado esboçar se a Academia foi ou não justa, mas é fato que a densidade emprestada ao intenso papel mereceu pelo menos essa indicação. Diante de um elenco que passa longe de comprometer, o destaque se torna merecido. A narrativa progressiva e a boa representação do júri também podem ser considerados pontos fortes do filme, que foi eleito o melhor de 1938. A produção atualmente possui média 8,4 no CinePlayers e 7,3 no IMDB.

Porém, tal qual o caso Dreyfus sacudiu a França, as imagens também tremem. A direção também pecou ao economizar no número de figurantes, já que inúmeras tomadas claramente apelam para closes que tentam induzir a ideia da presença de mais pessoas na cena do que a quantidade real.  

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