Se os jovens
de hoje sonham em alçarem ao estrelato através de canais no YouTube, Emile Zola
conseguiu esse feito apenas pela literatura. The Life of Emile Zola retrata
parte dessa trajetória do consagrado escritor francês, mas que antes desfilou
por uma série de cargos irrelevantes em escritórios, com destaque especial ao
seu envolvimento no caso Dreyfus, escândalo que dividiu a França ao final do
século XIX.
O escritor
francês Emile Zola é representando nesse filme por Paul Muni, que já havia sido
indicado ao Oscar oito anos antes de sua realização, repetindo o feito por essa
obra, além de ter sido indicado outras 4 vezes, ganhando apenas em 1937 pela
sua representação de Louis Pasteur. Sem ter visto os demais indicados do ano, é
complicado esboçar se a Academia foi ou não justa, mas é fato que a densidade
emprestada ao intenso papel mereceu pelo menos essa indicação. Diante de um
elenco que passa longe de comprometer, o destaque se torna merecido. A
narrativa progressiva e a boa representação do júri também podem ser
considerados pontos fortes do filme, que foi eleito o melhor de 1938. A
produção atualmente possui média 8,4 no CinePlayers e 7,3 no IMDB.
Porém, tal
qual o caso Dreyfus sacudiu a França, as imagens também tremem. A direção
também pecou ao economizar no número de figurantes, já que inúmeras tomadas
claramente apelam para closes que tentam induzir a ideia da presença de mais
pessoas na cena do que a quantidade real.
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