terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O conceito nietzschiano da moral de rebanho

Um dos conceitos morais mais criticados por Nietzsche em sua obra é o de que grande parte das pessoas adote a “moral de rebanho”, isso é, que os indivíduos sintam a necessidade de terem todas as suas ações feitas em comunidade.

Segundo Nietzsche, tal massificação seria oriunda da dominação do sistema burguês e cristão no mundo ocidental.  Isso deixa que o estabelecido por uma elite como verdade acabasse se tornando verdade absoluta.

Essa moral que levou ao rebanho é oriunda de outros conceitos também largamente citados na obra nietzschiana, os de bem e mal. Ele destaca que tais pensamentos foram invertidos pelo povo judeu.

Frágeis, os judeus optaram pela valorização da moral apolínea, que privilegia a razão, do que pela desordem dionisíaca. Suas fraquezas no plano terreno teoricamente seriam compensadas futuramente.

A diferença entre os bons e os maus também estaria em suas classes sociais, porém houve uma inversão durante a História. Se antes os plebeus eram designados como os maus, o ressentimento dos escravos acaba por deixar os nobres como maus.

Em sua Genealogia da Moral, Nietzsche chega a classificar os judeus como “povo sacerdotal do ressentimento por excelência”, já que o começo da chamada moral escrava foi justamente graças a eles.

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