quarta-feira, 11 de abril de 2012

Máscaras tem estreia promissora


Máscaras fez sua estreia mostrando procurar seguir um caminho diferente das antecessoras. Precedida pelas populares no sentido mais óbvio da palavra Vidas em Jogo e Ribeirão do Tempo, a trama mostrou ter uma complexidade que pode acabar espantando certa parte do público nessa reta inicial, mas que pode ser até positivo se falando da média geral. Afinal, não deixa de ser um diferencial. E é exatamente isso que o telespectador busca nos folhetins da Record, ao invés de meras cópias das produções globais.

O capítulo foi quase que inteiramente dedicado a contar a história da personagem Maria, interpretada de forma excelente por Miriam Freeland. Com depressão pós-parto, a trama a envolvendo é extremamente forte e promete cativar o público se seguir sendo bem conduzida por Lauro César Muniz. Apesar das grandes chances da história acabar se tornando repetitiva, a bipolaridade da personagem em alguns momentos abre um leque imenso de histórias que podem ser contadas.

Dentre os pontos negativos, pode ser incluída a trilha sonora extremamente requintada. Não que fosse necessário chegar ao nível classe Z de Avenida Brasil que colocou uma versão do Kuduro em sua abertura, mas as músicas escolhidas dão um tom desnecessário de antiguidade para uma novela contemporânea, tão atual, que incluiu até mesmo assuntos políticos em seu texto. A captação do áudio também foi péssima em alguns momentos. Ou seja, os principais problemas foram de ordem técnica, da direção, que teoricamente deveria colocar ordem na casa. E eles podem acabar atrapalhando as qualidades do texto e dos atores caso se repitam.

O saldo é positivo e o potencial de desenvolvimento é grande, principalmente quando começar a expansão da história para os demais personagens.

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