sexta-feira, 8 de março de 2013

Chávez, Chorão, Eliza... Uma semana de perdas

Essa semana vai ficar marcada em várias redações pelo volume assustador de notícias relevantes que surgiram. A morte de um dos maiores líderes latinos, a overdose de uma estrela do rock e a confissão do ex-goleiro do clube mais popular do país agitaram a mídia.

Essa sequência começou na terça-feira, quando o vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro convocou dois pronunciamentos em cadeia nacional. No primeiro, anunciou a piora do estado de saúde de Hugo Chávez e ligou os Estados Unidos ao fato. Horas mais tarde, a morte do líder da chamada revolução bolivariana era confirmada.

Como sempre, Hugo Chávez levantou polêmicas. No Congresso, o minuto de silêncio durante uma sessão gerou polêmica. E a imprensa se dividiu entre exaltar os avanços da Venezuela sob o comando de Chávez ou os índices de pobreza alarmantes.

Enquanto a Venezuela seguia em luto, o Brasil acordou na quarta-feira com uma notícia surpreendente. Chorão, vocalista do Charlie Brown Júnior, foi encontrado morto em seu apartamento. A suspeita é que o cantor tenha sofrido uma overdose. Na Globo, todos os programas ao vivo do dia tiveram links em frente ao prédio em que o corpo de Chorão foi encontrado. A Record fez uma cobertura ainda mais extensa, inclusive conseguindo mostrar com exclusividade fotos do apartamento revirado, e teve uma das maiores médias diárias do ano: 7 pontos. A Band cancelou as exibições de iCarly e Futurama e colocou no ar uma edição especial do Brasil Urgente. Já a Rede TV teve que substituir Sônia Abrão, prima de Chorão, pela repórter Cíntia Lima no comando do A Tarde é Sua.

Voltando para Globo, 2 fatos distintos geraram grande repercussão na internet. Ainda na quarta, a novela Malhação foi encerrada ao som de Te Levar, música do CBJR que embalou a abertura do folhetim por muitos anos. O site da trama também fez uma homenagem ao ícone. Na quinta, César Tralli derrapou durante a primeira edição do SPTV. O jornalista se referiu erroneamente ao cantor como "Cheirão".

A mesma internet deixou a expressão #LutoChorão como a mais citada do mundo por mais de 24 horas.

Além das perdas recentes, a semana também reservou uma nova confirmação de um homicídio ocorrido em 2010. Trata-se do assassinato de Eliza Samúdio. O goleiro Bruno confessou pela primeira vez que a modelo foi morta e acabou pegando 22 anos e 3 meses de pena após ser condenado pelo tribunal do júri realizado em Contagem. Dayanne, sua ex-mulher, foi absolvida. A sentença foi lida pela juíza Marixa Fabiane na madrugada e dividiu opiniões, já que abre precedente para que o ex-goleiro do Flamengo esteja fora das grades em cerca de 3 anos. Confira na lista como foi a cobertura ao vivo da divulgação do veredito.

Atualização (segunda, dia 11)

Tais casos continuaram dominando a mídia brasileira no final de semanas, tanto nas capas das revistas semanais quanto nas manchetes das revistas eletrônicas.

Veja, Época e Carta Capital estamparam Hugo Chávez em suas publicações, enquanto a Istoé optou por ter uma reportagem sobre Chorão como a principal de sua edição.

Chorão também recebeu inúmeras homagens na televisão. TV Xuxa, Caldeirão do Huck e Domingão do Faustão reprisaram momentos do vocalista do Charlie Brown em seus palcos. Já o Altas Horas foi praticamente dedicado ao paulistano. Na Record, o Legendários teve uma cena extra gravada por Marcos Mion especialmente para homenagear Chorão, que compôs a música de abertura do programa.

A vida tumultuada da estrela e as circunstâncias agitadas de sua morte renderam também longos minutos de pauta para Domingo Espetacular e Fantástico, que ignoraram o resultado do julgamento do goleiro Bruno e preferiram já mostrar uma nova cobertura que era vislumbrada: O julgamento de Mizael Bispo, suspeito de assassinar a advogada Mércia Nakashima. Aliás, esse júri já entra para história por ser o primeiro transmitido ao vivo no Brasil.

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