Além
de uma estratégia do discurso, o ethos muitas vezes é utilizado pelo indivíduo
para construção de uma imagem de si mesmo. E os políticos são experts nessa
arte.
A
semiótica atua fortemente para que possamos interpretar esses gestos. O tom, a
velocidade e diversos outros fatores relacionados à voz podem passar para o
observador impressões mais profundas sobre seu real estado. Assim como a
manipulação treinada dos mesmos fatores acaba enganando quem observa a fala.
Ou
seja, pouco do dito no jogo político pode ser levado ao pé da letra, já que as
reais intenções são mascaradas na maioria das ocasiões.
Constando
sempre que o objetivo com a programação dessas determinadas atitudes é que se
culmine com uma mudança de imagem. Bons exemplos podem ser atribuídos ao estilo
paz e amor do então candidato Lula na campanha presidencial de 2002 ou das
mudanças de visual de Dilma Rousseff pouco antes de deixar a Casa Civil para se tornar presidenciável.
Com
leves e graduais mudanças, ambos alteraram suas imagens diante do imaginário
popular, demonstrando um bom uso da formação do ethos pessoal de cada no
cenário político.
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