terça-feira, 22 de outubro de 2013

Alterando a hierarquia de valores

A tentativa de re-hierarquizar os valores do auditório vem desde a Antiguidade. E algumas técnicas conhecidas como lugares de argumentação podem auxiliar o orador. Os 6 lugares citados são de quantidade, qualidade, ordem, essência, pessoa e existente.

O lugar de quantidade, obviamente, tenta afirmar o valor de uma coisa sobre a outra utilizando apenas argumentos quantitativos. Essa é até mesmo a premissa do modelo de democracia que aplicamos em nossas eleições, já que para maioria dos cargos vence simplesmente quem tiver mais votos.

Já o lugar de qualidade foca justamente em contrapor a quantidade. É ele que explica as cifras milionárias pagas pelos originais de pinturas famosas que qualquer indivíduo pode copiar facilmente em sua residência por preços módicos.

No lugar de ordem, a vantagem certa é do anterior sobre o posterior. A representação citada por Antonio Suarez Abreu para exemplificar esse lugar é a do pódio olímpico, com o primeiro sendo medalhista de ouro e prevalecendo sobre os demais.

O lugar de essência valoriza indivíduos que possam representar bem uma essência, claro. Ou seja, servem como caracterização de algo. Todo ano é eleita uma Miss Universo justamente para que haja uma representação do que os jurados consideram que é o modelo de mulher mais bonita do mundo naquele contexto.

O lugar de pessoa tenta ligar a superioridade diretamente aos indivíduos. Esse tipo de embate ocorre, por exemplo, durante as eleições, quando os candidatos trocam ofensas pessoais como forma de preverem o que seus opositores fariam em eventuais gestões.

Enfim, todos esses lugares são usados para argumentação. Mas não pense que argumentação é tentar provar algo. A base é tentar convencer o outro. Não fazer com que o outro pense que sua opinião está certa, mas sim com que a sua opinião também se torne a dele. 

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