quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Os outros 12 jogos

As imagens da festa no Maracanã entram para história e serão relembradas sempre que o Flamengo entrar na disputa por um novo título de Copa do Brasil. Mas a campanha rubro-negra foi brilhante não somente contra o Atlético-PR. Nem tão somente a partir das oitavas de final.

Assim como o time paranaense, o carioca não teve a moleza de simplesmente pegar a vaga com a competição já andando, como os que disputaram essa Libertadores tiveram. Competir desde o começo parece ter ajudado ambos, que entraram já embalados contra adversários que mal sabiam onde estavam.

Tudo começou ainda em abril (notem a duração gigante desse formato da Copa do Brasil, que quase perdia seu charme pela diferença enorme entre alguns duelos do mata-mata). Remo, Campinense, ASA de Arapiraca... Esses foram os três primeiros adversários do Fla. Todos batidos com certa facilidade e em partidas que valeram mesmo só para o time ver lotados estádios também no Norte e Nordeste, onde supera as equipes locais em números de torcedores na maioria dos estados.

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Vaga nas oitavas garantidas, eis que o sorteio aparentemente não foi muito amigo com o Flamengo. Na frente do time, surgia o Cruzeiro, que já na época despontava como favorito absoluto ao título do Brasileirão. Mas Flamengo é Flamengo. Agora já comandado por Mano Menezes (após a demissão de Jorginho), vaga garantida.

Surgia um clássico nas quartas de final. Outra vez, o Fla era visto somente como zebra. Afinal, o Botafogo ali ainda não havia mostrado a cota de 2013 da sua tradicional fama de cavalo paraguaio. Pelo desempenho no Brasileiro, os comandados de Seedorf já se sentiam garantidos na Libertadores. Mas a vaga deles agora é bem complicada, enquanto a do Flamengo direto na fase de grupos é garantida.

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Pelos jogos contra o Botafogo serem no Maracanã, o campo teoricamente seria neutro nas duas ocasiões. OK na ida, quando o placar foi de 1 a 1. Mas se esqueceram de avisar aos rubro-negros na volta. O estádio voltou a ficar lotado. Torcedores flamenguistas ocuparam até mesmo o espaço reservado aos 12 simpatizantes do Botafogo. E o espetáculo não ficou somente nas arquibancadas. Em campo, Hernane, em sua relação mágica com o novo Maraca, pediu música no Placar da Rodada com seus 3 gols. E Léo Moura, aniversariante do dia, fechou a conta. O capitão que mais tarde ergueria a taça foi festejado e ouviu 50 mil pessoas cantarem um "parabéns para você" mais do que especial.

Elias, já com o filho recuperado, teve atuação decisiva na semifinal

Tudo zerado para as semis e eis que surge o Goiás de Walter, que prometeu deitar e rolar contra o Fla. Mero engano. Mesmo cheio, o Serra Dourada não impôs nenhuma pressão e os comandados de Jayme de Almeida, que chegou a ser somente técnico interino por 1 semana, saíram de Goiânia com o 2x1. Na volta, o Goiás abriu o placar de cara e colocou uma interrogação na cabeça da nação. Será que eles repetiriam o que fizemos com o Cruzeiro antes? Elias e Hernane, a mesma dupla que marcaria também na final, teve a resposta. E um novo 2x1 se concretizou. Conste-se que novamente diante de um time que figura nas primeiras posições do Campeonato Brasileiro, o mesmo que inevitavelmente aconteceria na final, já que a outra semi foi disputada por Grêmio e Atlético-PR. Boa parte da torcida preferia pegar os relativamente decadentes comandados de Renato Gaúcho, mas o êxito foi paranaense (aliás, o Inter já havia sido eliminado pelo CAP anteriormente).

E a grande final? Ah! Isso é história para outro post...

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