quinta-feira, 7 de abril de 2011

Globo e Record dominam cobertura do massacre em Realengo

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O Brasil acordou em choque com uma notícia que parecia distante das nossas terras. Um serial killer invadiu uma escola e abriu fogo contra os alunos, matando e ferindo dezenas de pessoas. Até o fechamento dessa matéria, o número de crianças mortas era de 12.

Desde o início do dia, a grande maioria das emissoras abertas se mobiliza na cobertura especial da tragédia no Rio de Janeiro. Na Globo, as primeiras informações vieram durante o Mais Você. Na Record, o Fala Brasil estava no ar. Enquanto a Rede TV exibia o Manhã Maior. SBT e Band transmitiam infantis quando a notícia da invasão da escola chegou ao conhecimento da mídia.


Globo

Os apresentadores locais da Globo Rio no novo cenário de vidro da emissora

A Globo derrubou o Bem Estar e a TV Globinho para exibir um RJTV disfarçado de Bem Estar. O programa tinha o nome da atração comandada por Mariana Ferrão e Fernando Rocha, mas o comando ficou com Ana Paula Araújo e Rodrigo Pimentel no Rio de Janeiro. O tal "Bem Estar" bateu seu recorde na média ficando com 10 pontos, o dobro da Record.

Para Rio e São Paulo, o Globo Esporte foi cancelado para novas informações do crime. Cada estado seguiu com seu telejornal local - RJ com RJTV e SP com SPTV. O Jornal Hoje que saiu do ar quase 15 minutos além do horário normal, dedicou praticamente a íntegra da sua edição ao caso.

Durante O Clone, Sessão da Tarde, Malhação e Araguaia, edições extra do Globo Notícia entraram no ar a todo instante sob o comando de Ana Paula Araújo. A edição normal do boletim foi apresentada por Vandrei Pereira.

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Uma tragédia brutal no Rio de Janeiro. No bairro do Realengo, no Oeste da cidade, um ex-aluno entra numa escola e abre fogo contra estudantes em sala de aula. Crianças e adolescentes fogem em pânico, enquanto pais desesperados chegam em busca de informações. Entre mortos e feridos, mais de 20 adolescentes foram atingidos. Nossos repórteres mostram o movimento nos hospitais. A repercusão da tragédia no Brasil e no mundo.
 Escalada do Jornal Nacional

O Jornal Nacional foi anunciado como edição especial, mas tratou do fechamento da bolsa de valores, da cotação do dólar, previsão do tempo... Mas apenas 1 bloco ficou reservado para esses outros temas. A base do JN foi mesmo o massacre, com Fátima Bernardes ancorando a edição ao vivo da porta da escola Tasso de Oliveira. O dia 7 de abril de 2011 não foi citado na escalada, mas por 2 vezes William Bonner destacou a data no encerramento da edição, que seguindo o exemplo do JHm foi esticada em alguns minutos.


Record

Hoje em Dia, Record Notícias, Tudo a Ver: Desde a hora em que a informação foi dada (por volta das 9h30) até 16h, a Record teve um único tema sendo tratado em sua programação. A emissora mesclou seus estúdios em São Paulo, Rio de Janeiro e deslocou uma grande equipe de repórteres para Realengo. O jeitinho Record continuou presente com a repetição de informações e gritaria, mas em questão de tempo, a emissora fez a mais ampla das coberturas. Ponto positivo para o Tudo a Ver, que por várias vezes ignorou tragédias exibindo suas reprises, e depois da já surpreendente boa cobertura durante a morte e o enterro do ex-vice presidente José Alencar, também dedicou uma edição especial para o crime no RJ.

Logo após o Tudo a Ver, parecia que a grade havia voltado ao normal com Todo Mundo Odeia o Chris em suas enésimas reprises, mas após 2 episódios, a Record repensou sua decisão e colocou no ar um Plantão com Reinaldo Gottino nos mesmos moldes do que vinha sendo feito no Record Notícias e Tudo a Ver. O especial alcançou a vice-liderança com folga e ainda esvaziou o penúltimo capítulo de Araguaia.

O Brasil chocado diante de um massacre de inocentes. Onze adolescentes executados dentro de uma escola no subúrbio do Rio de Janeiro. Imagens exclusivas mostram o cenário do atentado. As primeiras cenas de uma chacina sem explicação. O Jornal da Record encontra alunos baleados e pais desesperados em busca de notícias. Na escada do colégio, o corpo do atirador. A carta do assassino: pensamentos confusos e até inscrições sobre o próprio enterro. A emoção do herói que parou o matador, a dor de uma mãe e o choro da presidente. O testemunho de quem escapou por pouco.
Escalada do Jornal da Record

O RJ Record foi comandado por Luiz Bacci do bairro de Realengo (Bacci, aliás, que finalmente conseguiu grande destaque na Record rede). O Jornal da Record também deslocou parte de sua bancada para o local, com Ana Paula Padrão. O JR, além de mostrar o perfil do atirador, o choro dos parentes e relembrar casos antigos, mostrou imagens exclusivas de crianças jogadas no chão feridas em estado grave logo após o tiroteio. Outro destaque foi a entrevista com o Sargento Alves, considerado herói da tragédia ao evitar a fuga do bandido ao 3° andar do prédio. Aliás, a edição foi verdadeiramente especial. Nenhuma outra pauta foi tratada no JR dessa quinta.


SBT 

A cobertura vespertina do SBT teve sua base em rápidas chamadas do SBT Brasil. A experiência bem sucedida de um especial no lugar do Casos de Família, testada no terremoto do Japão, não foi repetida. O único boletim extra a ir ao ar foi ao ar substituindo a série Eu, a Patroa e as Crianças. Uma extensão do SBT Brasil, mas apenas para SP e RJ. 

O SBT Brasil fez uma cobertura dedicando quase a totalidade da edição ao caso mobilizando vários links ao vivo do Rio e de Brasília. O tema também marcou o retorno de Yula Rocha ao Brasil, após longa temporada como correspondente internacional em Nova York.


Outras emissoras 

Band e Rede TV, assim como o SBT, mantiveram as bancadas de seus telejornais nos estúdios em SP. Na Band, Datena dedicou seu SP Acontece e boa parte do Brasil Urgente para o massacre, mas acabou sofrendo com a concorrência de Reinaldo Gottino e produto bem similar na Record.

Record News e Globo News, como esperado, ficaram praticamente o dia inteiro tratando do tema. Seguindo a fórmula de repetir imagens intercaladas com links do local da tragédia, do IML, do hospital onde estão os feridos e de Brasília (declarações da presidenta Dilma) e entrevistas com pessoas que presenciaram o ataque.

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